terça-feira, 29 de abril de 2008

"Patch Adams" - Roda Viva - Parte 1

DOMENICO DE MASI - O TRABALHO E O ÓCIO CRIATIVO - parte 1

As caras da informalidade

Falta de emprego levam mulheres ao mercado informal

TRABALHO ESCRAVO NO BRASIL SEC XXI

MÍDIA TELEVISIVA: "Charlie e Lola" Tv Cultura

MÍDIA TELEVISIVA :"Marcelo Adnet" - 15 minutos - MTV - Créu.













ERRADICAÇÃO DO
TRABALHO INFANTIL JÁ !

O artigo 227 da "Carta Magna", define:
"É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.
Infância,educação

e neoliberalismo

Livro de P.Ghiraldelli Júnior


O estudo desse período, que se situa aproximadamente entre o século XVI e o XVIII, se baseia essencialmente nas idéias de pensadores como Rousseau e Montaigne, entendidos pelo pesquisador como importantes co-autores das noções de infância e da pedagogia moderna.
Embora a compreensão da criança como indivíduo, ligada ao próprio nascimento da noção de infância, já estivesse se delineando durante o século XVI, é interessante perceber que esse ideário ainda não havia permeado os lares e pensamentos familiares. Os pais e parentes insistiam em tratar os pequenos como miniaturas de adultos tal qual na Idade Média. Entretanto, Montaigne afirma que agora as crianças também eram tratadas como brinquedos[2], sendo paparicadas e mimadas ao extremo para diversão e deleite dos adultos: “Vocês (os pais) não são homens modernos na medida que estão presos à ludicidade e não à razão, tratando as crianças para obter prazer lúdico, não cuidando dos pequenos por meio de uma disciplina que vise o bem deles para o futuro”. (interpretação do autor sobre o pensamento de Montaigne, p.15).
Enquanto Montaigne se posiciona como verdadeiro opositor à paparicação, Rousseau vai enfocar a própria concepção de infância setecentista (século XVIII). Segundo ele, esse seria um período precioso, no qual ainda não fomos corrompidos pela sociedade e seus vícios, e que deveria, portanto, ser preservado a fim de estimular no pequeno indivíduo o cultivo da intimidade, da privacidade; numa visão tipicamente liberal. Visto como um momento especial a ser protegido, o mundo infantil se reflete na própria escola. Antes entendido como algo genérico, o ambiente escolar vai se transformando e se conectando diretamente a esse mundo da infância, tentando diminuir ao máximo as influências externas: "Assim a pedagogia que nasce com os tempos modernos, em certo sentido - e insisto no 'certo sentido' -, objetiva apartar a criança do lar, do trabalho, enfim da chamada realidade" (p.18).
A partir da segunda metade do século XIX, a pedagogia infantil que havia, até então, seguido os preceitos dos pensamentos humanista e liberal, chega a uma impasse, pois precisa enfrentar as contradições de uma sociedade em transformação e influenciada profundamente pela chamada Revolução Industrial, "a sociedade do trabalho".
A criança que, segundo pensadores como Rousseau, era destinada à escola, começa a ingressar no mundo da fábrica, com sua ambientação nada educacional, sua carga horária intensamente desgastante, seus trabalhos repetitivos e monótonos que em nada lembram brinquedos infantis, enfim no mundo capitalista em desenvolvimento acelerado. Quando se inicia o século XX, a escola torna-se, de direito, o lugar da infância, mas não seu lugar de fato[3]. O que parecia estar no próprio cerne da modernidade se torna problemático e irreal, era preciso reformular as perspectivas pedagógicas existentes até então: "Não podendo lutar contra o inimigo, se junte a ele - é o que faz o pensamento pedagógico na medida em que se propõe a resolver a tensão entre escola e trabalho; de certo modo, subordina a primeira ao segundo" (p.21).
O ensino caracterizado pelo liberalismo (conceito moderno) é agora pejorativamente denominado de "ensino livresco", afastado da realidade e do mundo adulto; e, embora o pensamento pedagógico da época tenha se fragmentado em linhas diversas, uma certa apologia ao diálogo entre educação e trabalho é uma característica comum à grande maioria deles (dentre eles podemos destacar pensadores como Durkheim, Dewey[4] e Gramsci[5]).
A própria concepção de infância vai gradualmente se modificando, principalmente com as contribuições de Piaget[6] e outros estudiosos defensores da noção da criança como um ser ativo. As investigações do mundo infantil agora permeado pelo trabalho ratificam a idéia da criança que não deve somente aprender a escutar, mas que também precisa de uma conjuntura propícia à aprendizagem do fazer e do falar. Segundo Piaget, é necessário, além de incentivar a criança a agir, tomar decisões, fazer com que ela tome consciência de seus atos.(...)


http://www.uff.br/creche/docs/concepcao_educacao_infantil_01_01.doc.
"Escola é inimiga

do ócio criativo"

DOMENICO DE MASI

Por Juliana Resende - 2003

O sociólogo italiano Domenico de Masi, autor de diversos e revolucionários livros — entre eles, os best sellers Desenvolvimento sem trabalho (Editora Esfera, R$ 15,00) e A emoção e a regra (Ed. José Olympio, R$ 39,20) —, é um dos mais polêmicos e inovadores pensadores da era pós-industrial. de Masi esteve no Brasil durante a última semana de abril, para lançar o livro O ócio criativo (Ed. Sextante, 328 págs. R$ 27,00). Entre várias atividades, fez três palestras em São Paulo: uma promovida pela livraria e editora Saraiva, no hotel Intercontinental, outra nas Faculdades Domus e a terceira no último domingo (30/04), na Bienal Internacional do Livro de São Paulo.

Todas estiveram lotadas, com um público variado composto por empresários, professores, estudantes, profissionais de marketing, letras e, claro, trabalhadores. Nas Faculdades Domus, de Masi recebeu o título de professor emérito, "por suas relevantes contribuições nas Ciências Sociais". Ele agradeceu, sem muitas delongas, abreviando formalidades, com seu jeito encantadoramente "carcamano" de ser. O italiano está na crista da onda nos círculos de intelectuais brasileiros — quase como a novela Terra Nostra, no auge do drama, esteve para a massa.

De Masi, como definiu a jornalista italiana Maria Serena Palieri, cuja entrevista com o sociólogo se transformou no livro O ócio criativo, é um militante pela "redistribuição do tempo, do trabalho, da riqueza, do saber e do poder". Proferindo frases de efeito do tipo "o homem que trabalha perde tempo precioso", de Masi faz todo tipo de gente parar e questionar por que correr tanto para ganhar dinheiro e acumular bens.

Em seu discurso simples e lógico, não há razão nem vida longa aos workaholics — mesmo porque o desemprego ronda a globalização como urubu em torno de carniça e a mão-de-obra humana está sendo substituída por máquinas. E o tempo livre que foi delegado à humanidade ou conquistado por ela pode e deve ser bem aproveitado — e nunca "amargado" em depressão.

"Dos 6 bilhões de habitantes do mundo, somente 1,5 trabalham — o resto não conhece ou não tem acesso ao ritmo pós-industrial de trabalho", contabiliza de Masi, na introdução de seu raciocínio. "Se a vida média útil de um ser humano tem hoje cerca de 530 mil horas, o tempo médio gasto com o trabalho é de apenas 80 mil horas (considerando a jornada universal de 40 horas por semana). Restam 220 mil horas, passadas dormindo, e mais 220 mil horas livres, reservadas para a pessoa fazer o que lhe der na telha. Esse tempo pode ser aproveitado de maneira criativa, saudável e produtiva, no sentido mental e físico."

Ditadura da correria

Como não concordar com ele? O trabalho, de acordo com as leis e com o advento da tecnologia, foi reduzido à metade neste século. No entanto, o modelo de civilização desenvolvida, adotado pelos EUA e Japão, pragmatiza o trabalho como a principal razão de viver. "Todos correm como loucos, nunca têm tempo para nada — nem mesmo para usufruir da riqueza que acumularam. Os norte-americanos vão a supermercados nos feriados comprar coisas inúteis, acumulando dívidas que passarão a vida pagando — e trabalhando para isso. Vocês, brasileiros, têm um ritmo cultural de vida que ainda pode escapar dessa ditadura!", conclama de Masi, animado. Nessa altura, a platéia está boquiaberta.

Simpático e bonachão, o professor italiano continua sua aula em defesa do ócio criativo, ou seja, do aproveitamento do tempo livre de cada dia — ou noite. Ele defende que, no caso de trabalhadores intelectuais (especialmente os professores) — aqueles que usam mais o cérebro do que o corpo, e que são maioria na sociedade pós-industrial —, as melhores sacadas podem brotar na hora em que não têm absolutamente nada a fazer — a não ser deixar a mente viajar. Não é preciso forçar esse estado de letargia. Ele vem naturalmente, quando a pessoa consegue relaxar — coisa difícil na era do consumismo e da informação.

"Podemos gastar nosso tempo livre com atividades que não nos cansam ou alienam, mas que nos excitam. Os despertadores e burocratas são os maiores inimigos do ócio criativo", diz. "Só que as pessoas, consumidas pelo trabalho, não percebem como aproveitam mal seu tempo livre. Não lembram sequer que têm direito a ele", continua. Em tempo: De Masi lembra de outros inimigos do ócio criativo — a religião e a escola. "A Igreja prega o trabalho como um 'castigo divino' e a escola prepara indivíduos para seguirem o modelo atrofiante da sociedade consumista."

Autonomia e sabedoria

É claro que, para usufruir da liberdade com autonomia e sabedoria, é preciso praticar "a educação para o ócio". de Masi alerta que a sociedade pós-industrial já se encarrega também de programar nosso tempo livre. "Enquanto estamos aqui, os produtores de Hollywood estão trabalhando em filmes para assistirmos; os McDonald's estão fabricando novos sanduíches para comermos e a televisão está anunciando programas que não podemos perder."

De Masi adverte: para sermos, de fato, donos do nosso destino, é preciso refletir sobre ele e isso só é possível com o ócio criativo. Certo de que o stress causado pelo excesso de trabalho e pela supervalorização dele só leva certeiramente a um destino mais rápido — a morte —, de Masi salienta que a beleza e o prazer da vida está, principalmente, em coisas que fazemos "sem gastar um tostão": fazer amor, encontrar amigos, folhear uma enciclopédia, meditar e deixar o tempo correr, sem nenhuma ansiedade.

Certo também de que o comunismo, embora quisesse distribuir a riqueza mas não soubesse produzi-la, perdeu terreno para o capitalismo, que sabe produzir riqueza mas não distribuí-la, de Masi alimenta a possibilidade de criar um novo sistema político, que possa se adequar às necessidades humanas — e não fazer dos indivíduos reféns dele. Otimista? "Sim, acho que evoluímos muito, apesar de tudo. Temos um futuro brilhante nas mãos — e temos tempo de sobra para aprendermos a conduzi-lo em nosso favor". Domenico de Masi é professor titular do curso de Sociologia da Universidade La Sapienza, de Roma, membro do comitê científico de várias revistas italianas e diretor-responsável da revista Next - Strumenti per l'Innovazione (que pode ser editada no Brasil, encartada no jornal Valor Econômico), além de atuar como consultor organizacional, por meio de seu instituto-escola S3 Studium, para empresas como Fiat, IBM e Pirelli.

Como se vê, trabalho é o que não falta a de Masi. Mas, entre uma palestra e outra no Brasil, ele achou tempo para conceder a entrevista a seguir.

Como o senhor chegou às suas conclusões sobre o ócio criativo?

Domenico de Masi - Estudei primeiro o trabalho dos operários; depois o trabalho dos empregadores. Com o aumento do trabalho intelectual no sistema produtivo, notei que havia uma distinção cada vez mais tênue entre o trabalho propriamente dito e a criatividade. E sendo a criatividade a principal ferramenta do trabalho, fica difícil distinguir os momentos em que estamos de fato trabalhando duro ou os momentos em que, mesmo usufruindo de tempo livre, estamos criando coisas. Isso acontece comigo: não sei quando estou trabalhando ou me divertindo — estou sempre tendo idéias, criando. Então, estudando esses grupos de trabalho sustentados pela criatividade, percebi que todos trabalhavam com o auxílio de jogos, brincadeiras, atividades lúdicas. Demonstrei que todos os grupos de criatividade trabalham como se fosse lazer. Sobre esse estudo, escrevi o livro A emoção e a regra.

É possível todos os trabalhadores desenvolverem essa relação entre trabalho e lazer, ou seja, tornar seu trabalho mais prazeroso?

Domenico de Masi - Depende do tipo de trabalho que você faz. Temos aquele trabalho que casa com o estudo. É como um jornalista ou o trabalho de um cientista. Ou estudar medicina com alguém divertido. Ou o trabalho de um ator. O problema é unir as duas coisas e ter uma atividade na qual coexistam estudo, trabalho e tempo livre. O segredo é buscar uma interseção entre tudo isso. Assim qualquer pessoa poderá vivenciar melhor seu ócio criativo.

Transportando essa relação para a escola, então...
(De Masi mostra um gráfico em que desenhou três esferas: uma com nome trabalho, outra com o nome lazer e outra referente ao tempo livre. Ele simplesmente faz um sinal com a caneta, mostrando o que acontece na prática.)

Domenico de Masi - A escola tradicional só faz interseção com o trabalho. Nunca com o lazer e o tempo livre.

Qual seria a maior falha dos atuais sistemas de ensino, já que a escola e os professores são considerados pelo senhor como os principais inimigos do ócio criativo? O que pode ser feito, em termos de transmissão de conhecimento, para que essa realidade comece a mudar?

Domenico de Masi - Para começar, as escolas devem abolir, a todo custo, a imagem ou idéia de que o estudo deve ser algo penoso e chato — exatamente como o trabalho. No entanto, o sistema pede que as escolas preparem as crianças para serem trabalhadores eficazes. É preciso que as escolas incorporem mais atividades lúdicas, que provoquem espaço para a reflexão e o questionamento.

Por outro lado, é necessário que professores se aperfeiçoem para tornar a transmissão de conhecimento algo mais interessante e menos massacrante, mecânico. O professor que não tenha ido à Europa, ou sequer navegado pela internet não pode ensinar nada a ninguém. O professor que não usa a internet é um delinqüente! (risos) É preciso resgatar a dignidade entre escolas, professores e alunos. Acho que essa mudança vai acontecer naturalmente, à medida em que morrem os professores antigos e chegam os jovens. Para os jovens, a criatividade simplesmente flui.

No Brasil, há 40% de analfabetos e a maioria dos professores é mal remunerada, têm deficiências de formação e, efetivamente, não tem condições de ir à Europa ou de navegar na internet. O que fazer então?

Domenico de Masi - Não estou falando para o universo dos analfabetos nem do ensino público brasileiro, e sim para o universo dos alfabetizados, em especial os professores. E, se os professores brasileiros são carentes, o país é carente. Esse é o problema primordial do Brasil. Os ricos, a elite, parecem não entender isso. Está principalmente na mão da elite brasileira resolver ou não essa questão. Só ela tem as ferramentas para isso. É sua contribuição social. O Brasil tem dois países num só — o dos ricos e o dos pobres.

Falando de questões da sociedade pós-industrial, como a globalização e o desemprego, como o desempregado pode desenvolver seu ócio criativo?

Domenico de Masi - Se o desempregado é rico, então tudo bem! Há dois tipos de desempregados: o pobre financeiramente e intelectualmente e o rico financeiramente e com boa formação intelectual. Esse pode se ocupar de música, literatura, cinema e tem mais chances de desenvolver seu ócio de maneira criativa. O pobre precisa comer, precisa de dinheiro. O pobre tem de se ocupar com a sobrevivência. O ócio criativo é um problema de ricos, para quem já tem um mínimo de estrutura garantida.

Qual é o projeto que o S3 Studium pretende desenvolver no Brasil? O que é preciso para os interessados participarem dele?

Domenico de Masi - Fechamos um acordo com a faculdade Getúlio Vargas para criar em São Paulo uma sede da escola. Formamos jovens para que se tornem planejadores — de uma empresa, escola, jornal ou bairro. Estamos formando agora os professores. Depois, em 2001, começaremos a formar alunos brasileiros. Ainda não estamos selecionando alunos, mas eles só precisam ter um diploma universitário e vontade de mudar o sistema para se juntarem a nós.

http://www.educacional.com.br/entrevistas/entrevista0019.asp

segunda-feira, 28 de abril de 2008

O Paradoxo de Hawking - parte 1

BURACOS NEGROS - ASTRONOMIA

"Igor Stravinsky "- The Rite of Spring Part 1 - coreografia de Nijinsky

"J.S.BACH" - Air on the G String - Sarah Chang

LIBERDADE DE EXPRESSÃO - RÁDIOS LIVRES





http://livreacesso.net/tiki-read_article.php?articleId=349
http://www.radiolivre.org/repressao

Polícia fecha

quatro rádios piratas

e detém dois em Osasco (SP)

12/04/08

Colaboração para a Folha Online
A Polícia Técnico-Científica, fiscais da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e policiais do Setor de Investigações Gerais fecharam quatro rádios piratas que funcionavam em Osasco (Grande São Paulo) ontem (11), segundo a SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública).
A partir de denúncias anônimas, a ocorrência começou pelo bairro Jardim Padroeira, onde uma rádio foi fechada e um homem de 29 anos, preso. Em seguida, no bairro Jardim Conceição, os policiais e a Anatel fecharam outra rádio que funcionava nos fundos de uma igreja evangélica. O responsável não estava no local, mas será indiciado, de acordo com a SSP.
No Bairro Munhoz Junior, foram encontradas mais duas rádios piratas. Em uma delas, o proprietário, de 42 anos, foi detido.
As pessoas autuadas têm direito a pagar fiança e a responder em liberdade o processo por desenvolvimento clandestino de atividade de telecomunicações.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u391464.shtml

AUTO-RETRATOS - VAN GOGH

"Afro Reggae" - Nenhum Motivo Explica a Guerra

Newton,

o mago da razão

Biografia revela paixão do cientista pelo ocultismo
Edição Impressa 60 - Dezembro 2000


Pesquisa FAPESP - Keats não perdoava Newton por ele "ter destruído toda a poesia do arco-íris", fazendo, talvez, a primeira crítica ao excessivo racionalismo científico, do qual Sir Isaac, desde então, foi entronizado como o mais ortodoxo ícone. Mas, em verdade, longe de ser o primeiro representante da idade da Razão, ele foi, em verdade, "o último dos magos, o último dos babilônios e dos sumérios, a última grande mente que viu além do mundo visível e racional, com os mesmos olhos daqueles que iniciaram a construção de nossa herança intelectual", como o definiu outro inglês, Keynes. O mundo preferiu não ouvir a definição de Newton dada pelo célebre economista, em 1942, após ter comprado, em um leilão, manuscritos de Newton e descoberto, atônito, o intenso interesse do cientista pelo mundo oculto.Michael White, editor de ciência de várias publicações inglesas, pegou a pista de 50 anos atrás e resolveu investigar. O resultado é uma surpreendente biografia do pai da Física moderna,Isaac Newton: o Último Feiticeiro (Record, 378 páginas, R$ 40,00), que revela o intenso interesse de Newton pelo ocultismo e de que forma isso foi responsável por suas descobertas científicas mais importantes. "Ele sempre foi considerado um cientista rígido, adepto ferrenho do empirismo e ninguém podia acreditar que pudesse ter idéias alheias à corrente científica tradicional. Mas ele tinha, em segredo, um outro campo de estudo, a alquimia, com o qual queria desvendar os segredos do Universo, em vez de por meio da matemática e da ciência.Os Principia , em especial, são prova disso", assegura White.Segundo White, das mais de 4 milhões de palavras que Newton deixou escritas, 3 milhões remetem ao mundo oculto. "Ele, porém, temia deixar público esse envolvimento, pois a alquimia era crime passível de pena de morte, já que seus adeptos queriam produzir ouro e isso era uma ameaça para o sistema monetário", explica o jornalista. "Foi a alquimia, com seu conceito de um espírito de afinidade química difundida pela matéria e permitindo a ocorrência de reações químicas, aliada ao arianismo secreto de Newton e à sua noção do corpo espiritual de Cristo difuso pelo universo, como um meio onde a matéria pode se movimentar, que permitiu a ele aceitar que a força da gravidade pudesse agir a uma distância aparente", explica.A maçã? Bem, já sabíamos que a história da inspiração da queda da fruta diante dos olhos de Newton não era para ser levada a sério. O que desconhecíamos era o autor da ficção: ninguém menos do que o próprio Sir Isaac. "Ele inventou essa história para encobrir a verdadeira linha de raciocínio oculta que utilizou para chegar às forças gravitacionais. Newton, quando velho, quis encobrir seus estudos alquímicos e também deixar uma imagem póstuma fascinante e condigna a seu status de grande gênio de sua era. Ele adorava fazer autopromoção", conta White. "Mas devemos sempre nos remeter à sua época e não julgá-lo com nossos olhos. Para ele, nada havia de errado em, ao lado das ferramentas científicas, lançar mão de conhecimentos extraídos da Bíblia e da alquimia", diz.(...)

(...)Mais: a alquimia não é distante da física quanto sonha a nossa filosofia. "Os alquimistas buscavam abranger todos os segredos do universo de forma, como chamamos hoje, holística. Eram excelentes observadores do mundo físico, o qual tentavam entender e explicar o seu funcionamento, com um olhar alternativo para o universo. Newton compreendeu que, se desejava levar a Física adiante, precisaria também reinventar o universo e criar uma nova narrativa", afirma.(...)

CONTINUA EM :

http://www.revistapesquisa.fapesp.br/?art=1153&bd=1&pg=1&lg=

http://www.revistapesquisa.fapesp.br/?art=1153&bd=1&pg=2&lg=













"...pensava estar

encontrando o primeiro

cientista,mas na verdade

encontrava o último dos magos"
Frase de John Maynard Keynes sobre Isaac Newton.

*Citação feita pela Profa.Dra.Ana Maria Alfonso Goldfarb,em entrevista dada na TV PUC-SP,do Canal Universitário.
A professora abordava o tema da alquimia ,citando seu livro: "Livro do Tesouro de Alexandre".
Disse ela,que Isaac Newton era um cientista tradicional só em parte de seu dia,em suas horas "vagas" dedicava-se à alquimia. Em fios de cabelos de Newton foram encontrados mercúrio em altas dosagens, constatando-se assim que ele fazia muitas experiências com este metal...

Os livros da Profa.Dra.Ana M. A. Goldfarb são:
"Livro do Tesouro de Alexandre" e "Da Alquimia à Química"


Nadia Stabile - 28/04/08

















A VERDADE

SOBRE A MENTIRA

Meu novo ebook (trecho da introdução)Você sempre fala, e como fala, que está interessado em encontrar a verdade, custe o que custar. Diz que busca a verdade dia e noite. Que quer descobrir a verdadeira verdade. Diz que não agüenta mais tanta filosofia de botequim, doutrina de shopping center, mestre sala, guru, blá-blá-blá, pipipi e pópópó. Bem, isto é o que você diz, agora, eu lhe pergunto: se você quer saber a verdade, será que está preparado para admitir a mentira também? Sem folhas de parreira?...>>>

Faça o downloud do livro clicando aqui:
http://www.geocities.com/emailferrari/A_VERDADE_SOBRE_A_MENTIRA_-_Marcelo_Ferrari.doc

Ou no blog:http://budapracristo.blogspot.com

domingo, 27 de abril de 2008

Artista de Rua - Marivaldo - parte2

Grafite - Arte de Rua - Rio de Janeiro

Arte independiente en el Reina Sofía

John Cage - Sonata V

Beethoven 5º sinfonia - KARAJAN

"O TEATRO MÁGICO 4 ANOS " - ZAZULEJO

"O TEATRO MÁGICO" - ARTE INDEPENDENTE - O que é um Camarada d'água?- Manifesto

Marcel Duchamp and John Cage

Maria Bethânia - "Carcará" (1965) "SHOW OPINIÃO"

JACKSON POLLOCK

Antoni Tàpies

The Jean-Michel Basquiat Show

sábado, 26 de abril de 2008

"BASQUIAT" - Music :Heroin - Velvet Underground

HÉLIO OITICICA - PARANGOLÉ

NOSFERATU - FILME DE 1922

RAUL SEIXAS - O CARIMBADOR MALUCO

Les Vacances de Monsieur Hulot (1953) - Jacques Tati

OS GÊMEOS - GRAFITEIROS PAULISTANOS

CASA DA XICLET - Galeria de arte colaborativa - ARTE INDEPENDENTE

NO PAÍS DA COBRA GRANDE ('Tupi or not tupi')

DARCY RIBEIRO - O Povo Brasileiro - 25 - Brasil Caboclo A

MACHADO DE ASSIS: Um Mestre na Periferia I - "CENTENÁRIO DA MORTE DE MACHADO DE ASSIS - 1908-2008"

O Indivíduo na Sociedade

Emma Goldman

Wikipédia, a enciclopédia livre.

Emma Goldman, c. 1910 (27 de Junho, 1869 – 14 de Maio, 1940) foi uma anarquista de origem lituana que ficou conhecida pelos seus textos e discursos feministas e pelos seus testemunhos acerca da Revolução Russa. Após emigrar para os Estados Unidos em 1886, é expulsa em 1919 em razão da sua intensa atividade política. Volta então para a Rússia, mas volta a abandonar o país por discordar do rumo autoritário tomado pelo governo bolchevique. Viveu em vários países, participou da guerra civil espanhola e veio a falecer no Canadá. Emma Goldman é, até hoje, a anarquista mais famosa da história dos Estados Unidos, país no qual viveu a maior parte de sua vida, mesmo se comparada com os homens anarquistas.
É dela a famosa frase: "Se não posso dançar, não é minha revolução", que define de maneira simples a idéia anarquista de liberdade.
Imigração aos Estados Unidos
Com 17 anos Emma Goldman emigrou com sua irmã mais velha, Helene, para Rochester, Nova Iorque, para morar com sua irmã, Lena. Lá trabalhou muitos anos na indústria têxtil e em 1887 casou-se com um colega de trabalho, Jacob Kersner.
O enforcamento de quatro anarquistas depois da Revolta de Haymarket levou Goldman à militância e a conhecer outra proeminente figura do anarca-feminismo, Voltairine de Cleyre. Com vinte anos ela se tornaria uma revolucionária. Abriu mão de seu casamento e família, viajou para New Haven, CT, e depois para a cidade de Nova Iorque.
Goldman e Kersner mantiveram-se legalmente casados garantindo a ela sua cidadania estado unidense.
após dar uma procurada na internet por materiais desta anarquista,Emma Goldman, e não achar nada em portugues...joguei para ebook esse texto que tinha em mãos,espero que tenha ficado bom, abraços a todos.

Anexo
O Indivíduo na Sociedade (Emma Goldman).pdf
148.77 KB

http://sabotagem.revolt.org/node/817

"Todo indivíduo

humano é o produto

involutário

de um meio natural e social no seio do qual nasceu, desenvolveu-se e do qual continua a sofrer influência. As três grandes causas de toda a imoralidade humana são: a desigualdade tanto política quanto econômica e social; a ignorância que é seu resultado natural e sua conseqüência necessária: a escravidão."

Mikhail Bakunin

sexta-feira, 25 de abril de 2008

O LIXO - O Mundo de Beakman 1993 - parte 1

MAIO DE 1968 - PARIS

Líder indígena

leva mapa do

desmatamento

ao Google
09/04 - Agência Estado


SÃO PAULO - O Google está prestes a colocar na internet, com acesso aberto, mapas detalhados da devastação na floresta Amazônica. A iniciativa surgiu após um pedido de ajuda do líder indígena Almir Suruí ao Google Earth para mapear a terra de sua tribo e, assim, protegê-la do desmatamento. A tribo fica no município de Cacoal, em Rondônia, e faz parte da Terra Indígena Sete de Setembro.

*Brasil e Indonésia lideram ranking de desmatamento

Em entrevista, a diretora dos programas do Google Earth, Rebecca Moore, disse que ainda neste ano o site terá os mapas, que ficarão disponíveis para qualquer internauta. A iniciativa deve lançar ainda mais pressão sobre o governo, já que qualquer pessoa poderá acompanhar onde a floresta está desaparecendo.
Atualmente, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, já publica na internet imagens de satélite de desmatamento na Amazônia. Porém, elas estão “brutas”, o que pode dificultar a visualização e o entendimento pelos leigos.
Tanto para a tribo dos índios suruís, de 1,2 mil habitantes, como para o Google a iniciativa é considerada “histórica”. O Google Earth é um serviço de imagens de satélite e mapas via internet acessado diariamente por milhões de pessoas. O pedido foi feito há cerca de um ano e, agora, a empresa diz estar prestes a concluir seu trabalho de mapeamento, mas não divulgou de qual satélite utilizará as imagens. “O Brasil será um local estratégico. Imagine o quanto poderia salvar em termos de florestas com essas imagens”, afirmou Rebecca.
Nesta terça-feira, o Google colocou no ar imagens e textos em inglês dos esforços do líder Almir Suruí em sua tribo. “Podemos ver como as terras desses indígenas estão cercadas de desmatamento”, disse Rebecca. Entre as informações no site, está a constatação de que, nos últimos cinco anos, 11 líderes indígenas na região foram assassinados. Almir, segundo o Google, estaria obstinado com a missão de salvar seu território, colocando correntes e barreiras para evitar invasões.

ONGs
Nesta quinta-feira, o índio estará em Londres e será a estrela no anúncio do Google de seus novos projetos de mapeamento no mundo. “Almir foi escolhido como um dos 35 personagens identificados no mundo e que podem ser considerados como heróis na defesa dos direitos humanos”, disse Rebecca. A empresa, porém, afirma que não vai se limitar a colaborar só com Almir Suruí.
“Temos um número importante de organizações não-governamentais (ONGs) nos procurando para saber como podem mapear áreas na floresta para fortalecer o controle e evitar o corte das árvores. Estamos estudando uma série de projetos nesse sentido”, afirmou a executiva. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Leia mais sobre: desmatamento- Amazônia

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2008/04/09/lider_indigena_leva_mapa_do_desmatamento_ao_google_1264527.html

MTST- Sem Tetos acorrentados em Itapecerica da Serra parte I

Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia - Resposta à "IstoÉ"

"MASSACRE DE CORUMBIARA - 1995 - A HISTÓRIA ESQUECIDA " parte 1 - Tv dos Trabalhadores - narração da atriz Ester Góes

Reportagem de tv portuguesa sobre Naturismo 22 Abril 2007

"SONHOS" de AKIRA KUROSAWA (trecho do filme)

JORGE FORBES FALA DE EDUCAÇÃO NA TV USP

VISÕES E REVISÕES DE MACHADO DE ASSIS - CURSO NO CENTRO MARIA ANTONIA - USP


(clique na imagem para vê-la ampliada)

quinta-feira, 24 de abril de 2008








68,40 anos depois:

lembrança festiva

versus revolta

contra o presente


Publicado em 21.04.2008
por Conselho Editorial


Nos 40 anos de 1968, toda a "esquerda", e mesmo a imprensa abertamente reacionária, como a própria Rede Globo, faz comemorações festivas lembrando a data com fofocas, cronologias e curiosidades. Na verdade, a grande maioria dessas "comemorações" festivas apaga o real significado das lutas estudantis e operárias de 68 e apaga as contradições violentas do presente—2008—, tentando confinar a revolta e a violência de 68 num passado distante.
Se em 68 a juventude se levantava em todo o mundo contra o conteúdo reacionário ensinado nas escolas e universidades, contra a cultura burguesa decadente, contra a guerra, a exploração e a barbárie do capital, por uma nova cultura e por uma nova vida, hoje, em 2008, essas contradições—guerra, barbárie, desemprego, transformação da arte, da universidade e da cultura em mercadorias— não só permanecem, como se tornaram muito mais aberrantes, e os estudantes começam novamente a se movimentar.
UnB e Unifesp: TERRITÓRIO LIVRE em 68, burocracia corrupta em 2008
A luta dos estudantes da Universidade de Brasília em 68 é uma das grandes referências da luta estudantil contra a ditadura no Brasil. A recente ocupação da reitoria da UnB, com assembléias massivas e atos radicalizados, também é um dos grandes acontecimentos que marcam o renascimento do movimento estudantil em 2007-2008. Mas basta uma breve comparação entre os dois movimentos para perceber o processo de decadência total da universidade no Brasil nesses 40 anos.
De 1964 a 1968, a UnB teve dezenas de professores e mesmo reitores afastados, sofreu intervenções diretas da ditadura, e ocorreram várias invasões policiais para reprimir estudantes e professores que defendiam a liberdade de pensamento que caracterizava o projeto original da universidade. Os estudantes em luta chegaram a ocupar a universidade e decretar o TERRITÓRIO LIVRE, armando barricadas para enfrentar a repressão policial.
Em 2008, os estudantes ocuparam a reitoria para derrubar o reitor corrupto que usou mais de R$ 500 mil reais, com cartão corporativo do governo e através de uma fundação ligada à UnB, para financiar seu apartamento de luxo, automóvel e outras regalias. Ou seja; hoje o governo não precisa intervir na universidade, pois a própria burocracia que dirige a universidade não tem mais nenhum projeto libertário que entre em conflito com a festa da corrupção e do uso privado do Estado.
Isso é o que resta da universidade. Se em 68 os estudantes da UnB defendiam a universidade e os professores contra a intervenção da ditadura, em 2008 ocuparam a reitoria contra a corrupção do próprio reitor e a conivência dos demais professores dirigentes! E que dizer do reitor da Unifesp, que pagou jantares de luxo, artigos esportivos, computadores e até hotel na Disney com cartão corporativo do governo federal?!
A Maria Antônia virou um shopping "cultural"
No mesmo sentido, a antiga Faculdade de Filosofia da USP na Rua Maria Antônia, símbolo da resistência estudantil contra a repressão em 68, sofreu da própria USP um atentado só comparável aos ataques dos fascistas do Mackenzie que atiraram contra os estudantes e queimaram o edifício em 68.
Depois de ser atacada e incendiada, a Filosofia foi transferida para a Cidade Universitária no Butantã. Hoje, o prédio da Maria Antônia está fechado pela própria burocracia acadêmica, há catracas na entrada, e ele abriga exposições de luxo e cursos pagos!
O TUSP, teatro que fica no mesmo edifício, está praticamente morto, e a burocracia chega a vetar o uso do espaço para atividades de caráter questionador e libertário.
França: juventude se levanta contra retirada de direitos
Foi na França que a juventude mostrou toda sua força em maio de 1968. A partir da revolta nas universidades, o levante operário-estudantil parou o país, tomou as ruas com manifestações, pixações e barricadas, e chegou a fazer o governo fugir do país!
Hoje a França é novamente tomada por grandes manifestações da juventude. Universitários, secundaristas e desempregados têm lutado para resistir aos ataques dos governos que querem acabar com a educação, com o emprego e com todos os direitos sociais dos franceses para aumentar o lucro das grandes empresas. O atual presidente, Sarkozy, diz abertamente que é preciso "acabar com a herança de 68".
Retomar a herança de 1968!
A juventude começa a se movimentar no Brasil, na França, no Chile e em todo o mundo contra a destruição da escola, da universidade, contra a corrupção, contra a barbárie e a destruição de todas as perspectivas. Greves, ocupações e manifestações radicalizadas têm acontecido cada vez mais. A juventude começa a dizer que não aceitará a realidade morta imposta por reitores, diretores e governantes como Mulholland, Serra, Lula e Sarkozy! A juventude começa a dizer que não abrirá mão de sonhar e lutar para transformar a realidade!
Retomar a herança de 1968!
Por uma nova escola, por uma nova universidade!
Por uma nova cultura, por uma nova vida!


"MOVIMENTO NEGAÇÃO DA NEGAÇÃO" - MNN - USP

"A produção capitalista produz, com a inexorabilidade de um processo natural, sua própria negação. É a negação da negação."
"Marx" - O Capital. Livro I - Cap. XXIV, 1867.
SOBRE MENINAS

E ABUTRES

Celso Lungaretti (*)


Se o comissário Maigret, mestre em desvendar crimes a partir de um profundo conhecimento das motivações e fraquezas humanas, se pusesse a investigar o caso Isabella, sua conclusão provável seria de que a menina houvera sido vitimada pelo descontrole emocional da madrasta, com o pai tentando, canhestramente, acobertar a companheira.

E, com seu olhar compassivo para os seres humanos, mestre Georges Simenon decerto fecharia em clima melancólico essa novela de personagens destruídos num momento de fúria e reações insensatas. Não o primitivismo vingativo do “olho por olho, dente por dente”, mas o lamento civilizado pelo sofrimento inútil que os homens infringem a si mesmos.

Maigret cumpriria com pesar sua obrigação de entregar o imaturo casal à Justiça. Mas, decerto, seu sentimento seria bem outro em relação aos abutres que ultrapassam todos os limites da dignidade e do decoro para utilizar uma tragédia em benefício próprio.

O comportamento da imprensa neste episódio foi o de oferecer a dor extrema de algumas pessoas como espetáculo para a coletividade, sem jamais levar em consideração os efeitos que isso provocaria: desde os traumas causados em outras crianças cujos pais são separados até a possibilidade de que as turbas por ela incitadas linchassem os suspeitos ou se ferissem na tentativa. Revirou o lixo e emporcalhou-se com o sangue.

Além disso, ao persuadir maus agentes do Estado a vazarem laudos técnicos e depoimentos que estavam sob segredo de Justiça, trombeteando-os nos jornais nacionais, inviabilizou um julgamento justo, já que a opinião pública foi levada a condenar previamente os réus.

Nossa polícia sempre teve vezo autoritário, atuando mais como força repressiva e punitiva. Seus inquéritos tendem a ser peças de acusação e para a acusação, com o objetivo implícito de convencer promotores a denunciarem os suspeitos.

O espaço de atuação da defesa é a fase judicial, quando tenta desmontar a peça acusatória. Revelar prematuramente seus trunfos pode ser fatal para os advogados, que precisam contrabalançar nos tribunais a tendenciosidade com que muitas investigações policiais são realizadas.

Então, se a investigação policial é escancarada para o público, os pratos da Justiça se desequilibram, pois a defesa fica seriamente prejudicada e até (como neste episódio) praticamente inviabilizada.

A polícia substitui a promotoria, a opinião pública toma o lugar do tribunal e a malta está sempre pronta para cumprir a função do carrasco. Quando, além de tudo, esse rolo compressor leva a uma falsa conclusão, inocentes são esmagados, como no caso da Escola-Base.

Há algo de podre num país em que filmes justificam a tortura e a mídia contribui para submeter a Justiça à voz das ruas, por ela manipulada e arregimentada.

Não se sabe aonde este processo chegará, mas salta aos olhos que marcha na contramão da democracia brasileira, a tanto custo restabelecida.

(*)Celso Lungaretti, 57 anos, é jornalista e escritor.

Mais artigos em http://celsolungaretti-orebate.blogspot.com/


HÁ ESPERANÇA

Celso Lungaretti (*)

Quarenta anos depois, pouca coisa mudou.

Temos, como em 1968, universidades públicas que não cumprem sua missão primeira, de formarem cidadãos capazes de refletir sobre a realidade em que vivem e nela interferirem de forma positiva, beneficiando a coletividade.

Antes elas forjavam os quadros dirigentes da elite, agora o pessoal especializado que mantém o sistema funcionando – sempre colocadas a serviço da classe dominante e não da sociedade como um todo (o que seria a justificativa de sua existência, caso contrário os contribuintes estarão sendo lesados).

Pode-se dizer que houve até uma involução, pois, quatro décadas atrás, o ensino superior pelo menos procurava dotar os alunos de conhecimentos globalizantes e um mínimo de raciocínio crítico; agora, a ênfase é toda no aprendizado acrítico de profissões, de forma que delas saem meros apertadores de parafuso com diploma acadêmico. Para se desincumbirem dessa função menor, bastariam os liceus de artes e ofícios.

Também não mudaram os reitores e hierarcas acadêmicos, recorrendo à pompa e ao autoritarismo para tentarem evitar que se perceba sua nudez: fingem-se de sacerdotes do saber, mas não passam dos gerentes de uma linha de montagem.

E, como todos os farsantes, esmeram-se nas ilusões, comprando as penas mais suntuosas para pavonear-se... à custa do Erário.

Então, não é por acaso que os jovens de 2008 voltam a trilhar os caminhos da geração 68. Os mesmos sonhos os embalaram e a mesma frustração os acometeu. Lutaram muito para chegar aonde estão e percebem que terão de lutar mais ainda para que a universidade seja realmente universidade.

Independentemente das circunstâncias de cada episódio, são merecedores de nosso total apoio os universitários que estão reerguendo movimento estudantil em todo o País – e, particularmente, os valorosos jovens da Universidade de Brasília, santos guerreiros que estão enfrentando o mais patético e desmoralizado dos dragões da maldade.

Correm o risco de sofrer uma ação policial por conta de um mandado de reintegração de posse que, atendendo à letra da lei, é um atentado grotesco contra o espírito da justiça: se as instituições funcionassem no Brasil, há muito o magnífico dilapidador dos recursos públicos teria sido botinado da reitoria – pela porta dos fundos!

Há alguma coisa de podre num país em que a lei mais parece contrariar do que concretizar a justiça.

Mas, nem tudo está perdido: depois de tantos mares de lama e escândalos impunes, é alentador vermos que a juventude voltou a travar as boas lutas.

Há esperança.

(*)Celso Lungaretti, 57 anos, é jornalista e escritor.

Mais artigos em http://celsolungaretti-orebate.blogspot.com/


O CORPO É UMA
REALIDADE BIO-POLÍTICA

"...o controle da sociedade sobre os indivíduos
não se opera simplesmente pela consciência
ou pela ideologia,mas começa no
corpo, com o corpo. Foi no biológico,
no somático, no corporal que,
antes de tudo, investiu a sociedade
capitalista. O corpo é uma
realidade bio-política. A medicina é
uma estratégia bio-política."

"MICHEL FOUCAULT" - 1979:80














Células-Tronco embrionárias

capítulo nº1 das pesquisas!!

uma esperança de vida

21/04/08

Dra. Mayana Zats lutando por um mundo com menos sofrimento,uma pessoa simples e muito amada por nosso povo.Mesmo que você não tenha nenhum problema de saúde grave hoje entre nesta luta com a gente,pois ninguém sabe o dia de amanhã.Se você conquistar conhecimentos hoje,você não sofrerá amanhã,não deixem essa luta pra depois pois pode ser tarde demais,pensem nisto.

Postado por Valdir Timóteo

LEIA SOBRE A MANIFESTAÇÃO:
http://valdirtimoteo.blogspot.com/

sábado, 19 de abril de 2008

"TODO DIA ERA DIA DE ÍNDIO" - autoria de Tim Maia e Jorge Ben Jor - POR ELBA RAMALHO

Atonal Space (dissonance ahead!)

HOLOGRAFIA FASHION SHOW

PROJEÇÕES EM ÁGUA

O MAR



















































































































































































































































































FOTOS DO TELESCÓPIO HUBBLE - www.ceusemfim.kit.net/Hubble.htm




























































































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