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O empreendedor e a economia solidária
Por LAURO AUGUSTO MONTECLARO JUNIOR
Embora exista grande convergência de opiniões sobre ser a economia solidária a forma por excelência para a superação do atual desemprego, derivado de certos aspectos da globalização, existem dificuldades para sua real implementação. A mais importante é o desafio do desenvolvimento da capacidade empreendedora dos trabalhadores.
Sempre se fala nos temidos eventos já anunciados por Jeremy Rifkin em sua obra “O fim dos Empregos: o declínio inevitável dos níveis dos empregos e a redução da força global de trabalho”, de 1994, e essa “profecia” se confirma cada dia mais. Prova disso é a observação de Juan Somavia, diretor geral da OIT em seu artigo: “A Geração do Milênio procura trabalho para superar a pobreza” de 21/09/2005:
“É verdade que nos últimos anos foram criados muitos postos de trabalho, mas ao mesmo tempo o desemprego a nível mundial aumentou 26% nos últimos 10 anos. Esta cifra não deve nos fazer esquecer de um problema ainda maior, o do subemprego, o de bilhões de pessoas – em especial mulheres – sem acesso a empregos dignos que lhes permitam desenvolver seu potencial produtivo”.
Além disso, outra temível previsão de Rifkin tem se tornado uma dura realidade:
“Quando um número cada vez maior de pessoas para as quais não haverá qualquer tipo de trabalho no setor de mercado, os governos enfrentarão duas escolhas: Financiar proteção policial adicional e construir mais cadeias para encarcerar uma classe criminosa crescente, ou financiar formas alternativas de trabalho no terceiro setor”.(RIFKIN, 2001:272)
Vimos que na prática, a maioria dos governos adotou um misto das duas soluções, sem muito sucesso. A criminalidade tem se tornado incontrolável e as “formas alternativas” são cada vez mais o trabalho precário e informal, sempre beirando a marginalidade. As políticas “sociais” por sua vez são ineficazes ou insuficientes para contentar as populações, principalmente os jovens, sem perspectivas de trabalho decente.
A imensidão da população carcerária nos EUA, as “demonstrações de força” de organizações criminosas no Brasil e distúrbios violentos, provocados por jovens “bem protegidos” pelo Estado de bem-estar social na França, são demonstrações definitivas disso.
Em geral uma das soluções apontadas é a adoção dos princípios da “Economia Solidária” em complementação ao sistema de produção capitalista ou até como uma forma de superá-lo. De fato, vários autores que investigam o fenômeno da globalização chegaram a essa conclusão:
“É nesse contexto que ganha enorme importância à práxis de um cooperativismo autônomo, autogestionário e solidário, que inova no espaço da empresa-comunidade humana e também na relação de troca entre os diversos agentes [...] o associativismo e o cooperativismo autogestionários, transformados em projeto estratégico, podem ser os meios mais adequados para a reestruturação da socioeconomia na nova era que se anuncia”. (ARRUDA E BOFF, 2000:53).(...)
leia na íntegra em :http://www.espacoacademico.com.br/074/74cesarjr.htm
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