domingo, 29 de junho de 2008

TERRA DOS ÍNDIOS

Por Ricardo Soares - 28/04/08

http://todoprosa.blogspot.com/2008/04/terra-dos-ndios.html

Sem muito alarde a Tv Brasil exibiu na madrugada passada o documentário "Terra dos Índios". Realizado em 1978 e com a direção de Zelito Viana não entrarei nos méritos estéticos do documentário ( que tem um tom geral monocórdico e tedioso) mas quero me ater ao fato de que 30 anos após ser realizado a triste realidade ali denunciada continua inalterada e está muito, muito pior. Zelito mostra inúmeras comunidades indígenas Brasil afora que tiveram suas terras roubadas com os indios tendo seus direitos vilependiados. A barbárie de sempre. Ontem ,por coincidência, o jornal "O Globo" teve como manchete " Governo terceiriza a Ongs política indigenista do país" o que , em tese, dá razão ao que diz o general Augusto Heleno, comandante militar da Amazônia, que diz ser caótica a nossa política indigenista. O ex-presidente da Funai , Marcos Pereira Gomes, dá razão ao general . Pelas estatísticas oficiais hoje teríamos 740 mil índios no Brasil distribuidos em reservas que ocupam 12% do território nacional como a polêmica reserva Raposa Serra do Sol em Roraima cujos limites não são respeitados por belicosos plantadores de arroz que vieram do sul do Brasil. No imbroglio os militares argumentam que a reserva fica em estratégica área de fronteira . O governo diz que há uma faixa que é reserva policiada pelo exército que não teria o que temer em relação aos limites das fronteiras indígenas. Enfim, passaram-se cinco séculos, os índios são nossos elementos fundadores e até hoje os direitos deles não são minimamente respeitados embora muitos digam o contrário e protestem com veemência em relação à demarcação das fronteiras indígenas. Simplório ou não eu mesmo não estaria digitando essas mal traçadas linhas não fosse em passado remoto meu bisavô tropeiro ter roubado de uma tribo a bisavó Lúcia , formosa e brejeira flor nativa, que ficava no caminho dele entre o Mato Grosso e o extremo oeste do estado de São Paulo.
Grâ-Bretanha:

Índios brasileiros

pedem ajuda para

salvar Amazônia


Londres, 26/06 - Índios brasileiros pediram ajuda esta semana aos políticos de Londres contra os ataques a suas terras na Amazónia, durante uma viagem pela Europa para lançar um apelo para salvar o território, que segundo disseram, é cobiçado por "poderosos latifundiários".

Dois representantes dos povos indígenas macuxi e uapixana da reserva Raposa Serra do Sol, no norte do Brasil, reuniram-se com parlamentares britânicos e com funcionários do consulado para pedir apoio para enfrentar as invasões realizadas por "grupos de produtores de arroz poderosos".

Nas reuniões de quarta-feira com os líderes britânicos, Jacir José de Souza, de 61 anos, e Pierlangela Nascimento da Cunha, de 32, nomeados pelo Conselho Indígena de Roraima como representantes dos seus povos, denunciaram a agressão e pediram apoio para combater a violência.

"É nosso lugar, o de nossos antepassados e nossos filhos, que agora está ameaçado pelos fazendeiros", denunciaram.

Os índios explicaram que a Raposa Serra do Sol - fronteira com a Guiana e a Venezuela - "tem sido submetida há anos a invasões de fazendeiros do sul do Brasil, que ocupam grandes extensões de terra para plantar arroz" e que saqueiam e até mesmo matam membros das suas tribos.

A viagem pela Europa, que já os levou a Madrid, e que ainda tem na agenda as cidades de Bruxelas hoje e, depois, Paris, Roma e Lisboa, coincide com o lançamento da campanha internacional denominada "Nossa Terra, Nossa Mãe", que busca o apoio de governos, ONGs e da sociedade civil para as suas exigências.

A reserva Raposa Terra do Sol, de 1,6 milhão de hectares, foi legalizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2005, após 30 anos de reivindicações dos quase 19.000 indígenas macuxi, uapixana, ingaricó, taurepangue e patamona, mas vários produtores de arroz continuam a ocupar grandes áreas do local.

A campanha também busca apoio às vésperas de uma decisão do Supremo Tribunal Federal do Brasil, que deve se pronunciar em Agosto sobre um recurso contra o "decreto de Homologação" assinado por Lula.

As autoridades de Roraima consideram que as comunidades indígenas são muito pequenas para ocupar tanto terreno - 7 porcento do Estado e apresentaram um recurso judicial para recuperar parte das terras.

A criação da reserva também é alvo de críticas por parte dos sectores nacionalistas e militares, por se tratar de uma área de fronteiriça.
http://www.angolapress-angop.ao/noticia.asp?ID=629287

Amazônia e a profecia de "Orlando Villas Bôas" (1914-2002)

"Mundo livre SA" - MEU ESQUEMA

JORGE "KAOS" MAUTNER - Yeshua Ben Joseph

" O Mundo é um Moinho" de Cartola - por Ney Matogrosso

ELA DISSE ADEUS - "OS PARALAMAS DO SUCESSO"

"LOS HERMANOS" - ANA JÚLIA

MULHER DE FASES - "RAIMUNDOS"

Aleitamento: Um direito da mãe, um direito do bebê!

AMAMENTAÇÃO - "Lactancia Materna INN Completo"

Movimentos Feministas

EXPRESSO DA ESCRAVIDÃO - "RATOS DO PORÃO"

sábado, 28 de junho de 2008


















"Etnia Xukuru possui

festa junina

diferenciada
"

Adriana Leal-Pesqueira-PE

28/6/2008


Índios Xukuru buscando lenha na mata para ritual
Quem disse que o índio do nordeste perdeu a sua cultura? Enquanto as festividades juninas peculiares da região giram em torno de quadrilhas, comidas típicas e forró pé de serra, os índios da etnia Xukuru fazem uma festa diferente. Dia 23 de junho, os Xukuru, residentes na serra do Ororubá, no município de Pesqueira, agreste de Pernambuco, comemoraram uma de seus eventos mais significativos - a busca da lenha, que ocorre todos os anos na aldeia Vila de Cimbres.

A festa começa muito cedo. Os índios dançam o toré o dia inteiro, prática que faz parte do ritual político e religioso da etnia. Por volta das 14h os índios vão, em comitiva, buscar lenha na mata. O Cacique Marcos Xukuru, lideranças indígenas presentes e os puxadores do toré vão na frente levando a bandeira de São João. Na volta, cada pessoa traz um pedaço de lenha. Caso alguém da família não possa ir, outro familiar traz a lenha que este deveria carregar. Os que já possuem familiares falecidos também lembram de levar a lenha para eles, de forma significativa.

De volta da mata, os Xukuru dão uma volta em torno da Paróquia Nossa Senhora das Montanhas, estabelecida em 1692, um berço da cidade de Pesqueira. A lenha é organizada em frente à igreja e chega o tocador do memby, flauta dos Xukuru, que inicia mais um ritual. Posteriormente, a fogueira é queimada em homenagem à Mãe Tamain, padroeira dos Xukuru, São João e São Pedro. Para os Xukuru, a Mãe Tamain é a Nossa Senhora das Montanhas. “Desde que eu nasci eu conheço essa cultura, cada ano que passa ela atrai mais gente. É um momento muito importante pra nós”, informou Wilma Bezerra Xukuru, Líder da Pastoral da Criança na Vila de Cimbres, se referindo ao ritual da busca da lenha. Alguns índios comentam que há pessoas que caminham sobre as brasas da fogueira sem se ferir. Atribuem este fato a fé deles. E o motivo que os leva a isso, é para alcançar uma graça, isto é, uma penitência. “Só quem passa mesmo na fogueira é o pessoal mais velho, os novatos não tem a coragem de fazer o que os antigos fazem”, disse Rita Spinola Xukuru, moradora da Vila de Cimbres.

Os mais velhos são muito reverenciados na cultura Xukuru, onde são chamados toiopes. Eles são os que repassam os conhecimentos para os mais novos.

Durante a comemoração os índios usam uma roupa chamada tacó, que constitui saia, pelerine e barretina feitos de palha, sendo o último um tipo de chapéu. Usam também colares, brincos, pulseira e cocar.

Dentro da busca da lenha, ainda existe o ritual da Pedra do Conselho, local sagrado na aldeia Vila de Cimbres, onde os índios recebem os encantados, que são as entidades Xukuru. Dizem alguns índios, que quem cai na Pedra do Conselho, durante o ritual, morre no mesmo ano. O evento acontece por volta da meia noite. “É um fortalecimento espiritual e da nossa tradição, se a gente perder o que os nossos antepassados deixaram, a gente não fortalece”, disse Luana Rodrigues Xukuru, formanda do curso de Pedagogia do Instituto Superior de Educação de Pesqueira - Isep e integrante do Conselho de Professores Indígenas Xukuru – Copixo.

Índios e não-índios simpatizantes da causa indígena participam da busca da lenha.

Há uma clara diferença entre as festas juninas populares no nordeste e a comemoração dos Xukuru, embora muitas pessoas da cidade de Pesqueira não os considere como índios porque se vestem, no cotidiano, como não-índios, usam tecnologias e muitos já possuem graduação em universidades. “Hoje aqui a gente não dança forró, não tem quadrilha, hoje é especialmente para busca da lenha e dançarmos o ritual”, informou Luana Xukuru. O povo brasileiro ainda não conhece a própria cultura de onde tiveram suas raízes. Muitos acham que o índio deve viver isolado na mata, sem os recursos tecnológicos que tanto facilitam a nossa vida, sem direito a educação e saúde de qualidade porque são índios e já conhecem tudo o que precisam para viver dentro da sua própria realidade. Caso contrário, podem perder a sua cultura.

Os Xukuru são um exemplo de como os indígenas podem interagir na sociedade recebendo todos os benefícios oferecidos a um cidadão brasileiro sem, no entanto, deixar de lado os aspectos da sua própria cultura, que é viva, inegável e constante. A organização da etnia é exemplo de cidadania, cooperação mútua e luta incansável pelos seus direitos.

http://www.overmundo.com.br/overblog/etnia-xukuru-possui-festa-junina-diferenciada






















LIVRO:

"Economia Espacial:

Críticas e

Alternativas
"

MILTON SANTOS


Muitas teorias subjacentes ao planejamento constituem instrumentos para a preservação do sistema econômico e da estrutura de classes vigentes nos países subdesenvolvidos. Essas teorias, postas a serviço do capital, especialmente do grande capital internacional, têm-se mostrado indiferentes á sorte da grande maioria das populações desses países. Nos ensaios reunidos neste volume, Milton Santos, além de fazer uma crítica sistemática às referidas teorias, procura apresentar alternativas fundadas nas especificidades e nos interesses dessas populações.






















LIVRO:"Ame e

Dê Vexame
"

ROBERTO FREIRE



Ame e de vexame aborda as dificuldades de uma vida amorosa numa sociedade voltada para o que está em oposição aos sentimentos. São textos que, ao relatar experiências pessoais, encerram lições valiosas para quem precisa assumir a precariedade de uma existência que não descarte o amor. Eles funcionam como um roteiro leve e bem humorado em favor da gratificação permanente, apesar das advertências de uma sociedade baseada na exploração e no consumo. Na série de textos sobre assunto tão candente, o autor explica as vantagens de mergulhar profundamente naquilo que pode causar escândalo em determinado momento, mas que revela-se, com o tempo, como a única grande motivação de se continuar vivo.
















LIVRO:

"MICROFÍSICA DO PODER"


MICHEL FOUCAULT

O conceito de poder é central dentro da obra de Michel Foucault. Para o autor, o poder não é algo que se possa possuir. Portanto, não existe em nenhuma sociedade divisão entre os que têm e os que não têm poder. Pode-se dizer que poder se exerce ou se pratica. O poder, segundo Foucault, não existe. O que há são relações, práticas de poder.

O poder circula. Para Foucault, ao contrário das teses althusserianas - segundo as quais todo poder emana do Estado para os Aparelhos Ideológicos - há as chamadas micropráticas do poder. “De modo geral, penso que é preciso ver como as grandes estratégias de poder se incrustam, encontram suas condições de exercício em micro-relações de poder. Mas sempre há também movimentos de retorno, que fazem com que estratégias que coordenam as relações de poder produzam efeitos novos e avancem sobre domínios que, até o momento, não estavam concernidos.”(...) continua em: http://nocabide.wordpress.com/category/resumo/

http://somdoroque.blogspot.com/2007/06/microfsica-do-poder-michel-foucault.html











LIVRO:"Vigiar e Punir:

História da

Violência nas

Prisões"


MICHEL FOUCAULT


É um estudo científico, documentado, sobre a evolução histórica da legislação penal e respectivos métodos coercitivos e punitivos, adotados pelo poder público na repressão da delinqüência. Métodos que vão desde a violência física até instituições correcionais.























LIVRO:"Sem Tesão Não Há Solução"

ROBERTO FREIRE


Com este livro, Roberto Freire introduz o conceito de tesão na cultura brasileira. Ela revela uma nova prática, que partiu da juventude, de libertar-se das repressões sociais e políticas através do sexo. Foi a descoberta de uma sensualidade mais clara e intensa, ligada a uma real sensação de estar vivo.












LIVRO:"O EMPREGO NO

DESENVOLVIMENTO DA NAÇÃO"

MARCIO POCHMANN



Partindo de dados alarmantes sobre o aumento do desemprego
no Brasil, Marcio Pochmann faz uma análise criteriosa
da relação entre a falta de trabalho e a adoção
de políticas econômicas desfavoráveis ao país
em seu novo livro, O emprego no desenvolvimento
da nação
, lançado pela Boitempo Editorial.

No ano 2000, o Brasil ocupava o terceiro
lugar no ranking do desemprego mundial,
apesar de contar com a quinta maior população
do globo. Na época, apenas 54% dos ocupados
brasileiros recebiam salários. Já em 1980,
dois em casa três trabalhadores recebiam
salários e entre os assalariados, 70% tinham
emprego formal.

Entender os fatores que possibilitaram tais
transformações é um dos objetivos de Marcio
Pochmann em O emprego no desenvolvimento
da nação
. O livro vai além ao se colocar o
desafio de pensar em uma alternativa econômica
que leve em conta as características e
necessidades do Brasil e principalmente,
que possa reverter a situação do desemprego
e dividir renda.

O autor propõe assim, o abandono da economia
do bonsai, calcada na condenação do
investimento público e na manutenção de
um salário mínimo baixo, e a adoção da
economia da jabuticaba, brasileira por
essência, que combinaria democracia
com crescimento econômico sustentado.
Em O emprego no desenvolvimento da nação,
Marcio Pochmann faz uma contribuição
fundamental para a discussão dos aspectos
fundamentais relacionados à dinâmica do
emprego no Brasil.

Sobre o autor
Marcio Pochmann é economista, doutor em
Ciência Econômica pela Unicamp, onde
atualmente é professor livre-docente.
Preside, desde 2007, o Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea).
É autor do livro O emprego na
globalização, também publicado pela Boitempo.

http://www.boitempoeditorial.com.br/livro_completo.php?isbn=978-85-7559-111-6














LIVRO:"Os irredutíveis:

teoremas da resistência para o tempo presente"

Daniel Bensaïd


Os irredutíveis: teoremas da resistência para o tempo presente, de Daniel Bensaïd, rebate as reduções simplistas da filosofia política pós-moderna, buscando alternativas para o pensamento. Filósofo e ativista político francês, um dos principais nomes dos movimentos de 1968, o autor rejeita a idéia que condena o mundo à uma catástrofe inexorável.

O que é ser irredutível nesse contexto? É não perder a noção de que a globalização imperial – que representa os interesses privados do capital – e a burocracia stalinista não são as únicas formas de organizar o pensamento e o mundo, em movimento acelerado.

Qual a alternativa? Num texto aforismático, herança do estilo de autores como Guy Debord, Bensaïd coloca uma sucessão de teoremas sobre grandes questões que deveriam ser submetidas criticamente à prova do presente. Os títulos dos teoremas, provocações em si, são: “A política é irredutível à ética e à estética”, “A luta de classes é irredutível às identidades comunitárias”, “A dominação imperial não é solúvel nas beatitudes da globalização mercantil”, “Quaisquer que sejam as palavras para expressá-lo, o comunismo é irredutível às suas falsificações burocráticas” e “A dialética da razão é irredutível ao espelho quebrado da pós-modernidade”.

Trata-se uma obra que alimenta, de modo estruturado e coeso, “a força irredutível da indignação”, como diz o sociólogo Michael Löwy, autor da orelha do livro. O volume faz parte da coleção Marxismo e Literatura, publicada pela Boitempo sob a coordenação de Leandro Konder.

Os irredutíveis: teoremas da resistência para o tempo presente se torna referência, por suas inovações estilísticas e suas provocações teóricas, indispensável para o pensamento alternativo.

Trecho
Diferentemente de postulados indemonstráveis, que supõem o consentimento do interlocutor, ou de axiomas que apelam para a força da evidência, trata-se de proposições demonstráveis. Com seus corolários e seus escólios, esses “irredutíveis” e “insolúveis” constituem uma crítica do caldeirão de cultura pós-moderna e dos novos ídolos de cinzas.

Sobre o autor
Daniel Bensaïd, filósofo e dirigente da Liga Comunista Revolucionária, foi um dos militantes mais destacados dos movimentos de Maio de 1968. É professor de Filosofia da Universidade de Paris VIII. Autor de muitas obras, tem, entre as publicadas em português Marx, o intempestivo (1999) e, em co-autoria com Michael Löwy, Marxismo, modernidade e utopia (2000).

Ficha técnica
Título: Os irredutíveis
Subtítulo: teoremas da resistência para o tempo presente
Título original: Les irréductibles: théorèmes de la résistance à l’air du temps
Autor: Daniel Bensaïd
Tradução: Wanda Caldeira Brant
Orelha: Michael Löwy
ISBN: 978-85-7559-107-9
104 páginas
R$ 26,00
http://www.boitempoeditorial.com.br/

















"CARNE HUMANA ESPECIAL!!??"

"...se você ama

uns! por que

come outros!?"



Membros da "Anima Naturalis", grupo de proteção aos animais, protestam agindo como se estivessem empacotados, na tentativa de promover o vegetarianismo. A manifestação aconteceu em Barcelona. (Desde 2006 que estas perfomances acontecem!)
http://www.animanaturalis.org/post/5822
(clique na imagem para vê-la ampliada)

quinta-feira, 26 de junho de 2008

The Tranquillity of Shadows -Japão

BUNRAKU - TEATRO DE BONECOS -JAPÃO

"Dolls" Takeshi Kitano

EXPOSIÇÕES NO CENTRO UNIVERSITÁRIO MARIA ANTONIA - USP - ATÉ 24 DE AGOSTO DE 2008 - (clique na imagem para vê-la ampliada)























LIVRO:O Teatro Nô

e o Ocidente

CHRISTINE GREINER

Por que o corpo do ator/bailarino contemporâneo e os diálogos entre Japão e Ocidente parecem tão intimamente relacionados? Como entendê-los? Qual a natureza de suas existências?
Miyabi Ishikawa, crítico de dança e professor da Universidade Waseda, explica que o teatro nô é um produto da cultura do Japão medieval, do século XVI, e que, na história cultural do país, é aquele que mais se aproxima do Ocidente, sugerindo ao ator, por exemplo, que não se apresente no palco depois dos 50 anos. Ou seja, privilegiando, de certa forma, a beleza da juventude, a exemplo dos ocidentais. Assim, apesar do hermetismo do código nô, aparecem, de tempos em tempos, inúmeras analogias (sempre bastante perigosas) comparando-o à ópera e mesmo à tragédia grega.
Christine Greiner, nesta obra, vai procurar desvendar a cultura japonesa e sua influência no Ocidente, pesquisando o teatro nô e toda a expressão corporal de sua dança. Seu instrumento de estudo é a obra O poço da mulher-falcão (At the Hawk´s Well), do irlandês William Butler Yeats , que foi traduzida para o idioma nipônico e incorporada ao teatro clássico nô. No final do trabalho, Greiner ainda acrescenta um pertinente estudo sobre o butô contemporâneo, "proporcionando uma preciosa contribuição à história da dança", segundo palavras do poeta Haroldo de Campos.

http://www.submarino.com.br/books_more.asp?Query=ProductPage&ProdTypeId=1&ArtistId=26866&Type=1

Butô - Dança - Performance in Japan

"Kazuo Ono" - The Dead Sea" - dança - Japão

Retratos da preservação


Exposição em Berlim mostra a riqueza da biodiversidade brasileira registrada por projetos da FAPESP
Pesquisa FAPESP -
© Volker Bittrich
Tipo de Melocactus fotografado na Bahia
O Museu do Jardim Botânico de Berlim recebe até o dia 14 de setembro uma inédita mostra sobre a biodiversidade brasileira que se baseia em imagens e dados oriundos de três projetos financiados pela FAPESP: a Flora brasiliensis on-line, a Flora fanerogâmica do estado de São Paulo e o Biota-FAPESP. A exposição, cujo título é Brazilian nature mystery and destiny (Natureza brasileira: mistério e destino), dispõe de painéis com reproduções de imagens, ilustrações e textos explicativos. “Um significado especial da exposição é mostrar que o Brasil está atento à sua biodiversidade e que faz isso por meio de programas de pesquisa bem organizados e bem preparados”, disse Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP.

Os 37 painéis da exposição, programada para ter início no dia 4 de junho, espalham-se pelo terceiro andar do museu alemão e também pelos quatro lances de escada que dão acesso ao pavimento. Os textos explicativos são todos em inglês, pois há a intenção de que a mostra viaje por outros países, mas foi preparado um catálogo da exposição em alemão. O conteúdo foi compilado com a ajuda de representantes dos três projetos. O Flora brasiliensis on-line, que há 2 anos disponibilizou no endereço da internet florabrasiliensis.cria.org.br a versão integral do mais completo e abrangente levantamento da flora nacional já realizado, é representado na exposição por uma seleção de imagens de espécies e de cenários produzidos, na maioria, no século XIX. O acervo de 3.840 pranchas e 10.207 páginas com os textos das descrições das quase 23 mil espécies foi feito sob a liderança do botânico Carl Friedrich Philipp von Martius (1794-1868). Além das imagens históricas, o projeto Flora brasiliensis on-line contempla a atualização dos nomes das espécies e o acréscimo de informações mais recentes.

Cada desenho levado à exposição tem a companhia de uma fotografia atual das espécies ou ecossistemas retratados, num esforço para mostrar que boa parte do que Von Martius viu em sua viagem de 10 mil quilômetros pela Mata Atlântica, a Caatinga, o Cerrado e a Floresta Amazônica, ainda pode ser vislumbrada. A produção ou pesquisa das novas imagens ficou a cargo da equipe de Maria do Carmo Amaral, do projeto Flora brasiliensis on-line. Além da FAPESP, o projeto teve o patrocínio da Fundação Vitae e da empresa de cosméticos Natura.

O projeto Flora fanerogâmica teve início em 1993 e contou com a participação de mais de 200 pesquisadores, que descreveram cerca de 2 mil espécies fanerógamas – que produzem flores – na vegetação nativa paulista. Dessas, pelo menos 20 jamais haviam sido identificadas antes. Estima-se que os ecossistemas paulistas guardem 7,5 mil espécies de plantas desse tipo. O levantamento já resultou na publicação de cinco volumes com ilustrações e informações sobre plantas de todo tipo presentes no estado de São Paulo. Outros dez volumes serão publicados nos próximos anos. As dezenas de imagens apresentadas na exposição foram compiladas sob a coordenação de George Shepherd, do Instituto de Biologia da Unicamp e coordenador adjunto do programa Flora fanerogâmica do estado de São Paulo.
(...) CONTINUE LENDO EM:
http://www.revistapesquisa.fapesp.br/?art=3540&bd=1&pg=1&lg=






















CENTENÁRIO

DA IMIGRAÇÃO


JAPONESA!!

ÚLTIMOS DIAS!!

CIRCUITO CULTURAL

EM SÃO PAULO!!


(clique na imagem para vê-la ampliada)

http://japao100.abril.com.br/arquivo/exposicao-traz-o-japao-presente-no-dia-dia-dos-bra/

















LIVRO:"CORPO NEGRO CAÍDO

NO CHÃO"-LANÇAMENTO HOJE!!!


Lançamento do livro de Ana Luiza Flauzina no Rio de Janeiro


Corpo negro caído no chão: o sistema penal e o projeto genocida do Estado brasileiro, de Ana Luiza Flauzina, é uma publicação da editora Contraponto, que será lançada no Rio de Janeiro.

O livro é o resultado da dissertação de mestrado de Ana Luiza Pinheiro Flauzina defendida na Universidade de Brasília, em 2006, e trata da questão do sistema penal brasileiro como um instrumento fundamental para a consecução do projeto genocida de Estado dirigido à população negra, em pleno vigor nos dias atuais.

Data: 26 de junho - quinta-feira

Local: Kitabu Livraria Negra- Rua Joaquim Silva N. 17 - Lapa - RJ (Ponto de referência, esquina com a Rua da Lapa)

Horário: a partir das 18:30, com uma breve comunicação da autora.

Tomamos o racismo como uma doutrina, uma ideologia ou um sistema sobre o qual se apóia um segmento populacional considerado superior, por causa de características fenotípicas ou culturais, a fim de conduzir e subjugar um outro, tido como inferior. Além de todos os aspectos presentes na definição, destacamos expressamente o caráter desumanizador inscrito na concepção de racismo. Em última instância, o racismo serve como forma de catalogação dos indivíduos, afastando-os ou aproximando-os do sentido de humanidade de acordo com suas características raciais. Essa peculiaridade faz dele uma das justificativas mais recorrentes nos episódios de genocídio e em toda sorte de vilipêndios materiais e simbólicos que tenham por objetivo violar a integridade dos seres humanos. (Ana Luiza Pinheiro Flauzina)

Apoio: Instituto Carioca de Criminologia

Realização: Editora Contraponto e Livraria Kitabu

http://poemaseconflitos.blogspot.com/2008/06/corpo-negro-cado-no-cho-o-sistema-penal.html

UMA HORA PARA PERCORRER

DE ÔNIBUS A AVENIDA

PAULISTA COM EXTENSÃO

DE 2,8 QUILÔMETROS!!


A avenida Paulista geralmente é um caos! mas atualmente em obras para a reforma de calçadas,piorou muito mais!
Ontem às 10 horas e trinta minutos adentrei esta avenida,no início dela e só consegui sair uma hora depois!!
Será que estas obras eram assim tão necessárias!? O senhor Kassab está fazendo estragos monumentais nesta cidade! Os canteiros de plantas foram totalmente modificados,antes era possível se sentar na beirada desses canteiros! hoje isto fica totalmente impossível! Coisas absurdas e desumanas este prefeito tem feito na cidade de São Paulo! E ainda ele quer que votemos nele!... absurda ilusão!

Nadia Stabile - 26/06/08

"EXÉRCITO É RETIRADO

DO MORRO DA PROVIDÊNCIA"

RESCALDO DA COMÉDIA

DE ERROS QUE VIROU

TRAGÉDIA

Celso Lungaretti (*)

A saída do Exército Brasileiro de onde nunca deveria ter entrado foi o único acontecimento auspicioso da comédia de erros que virou tragédia no morro carioca da Providência.


Tudo começou quando Marcelo Crivella, ex-bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, apostou numa reciclagem dos barracos das favelas como trampolim para a Prefeitura do Rio de Janeiro – à qual pretende chegar com o apoio do vice-presidente José Alencar (seu colega de partido no PRB) e a benção do Governo Federal.

O caráter eleitoreiro desse empreendimento não escapou ao veterano analista político Zuenir Ventura, de O Globo, que o denunciou no ano passado. Com a desfaçatez habitual, Crivella retrucou: “Gostaria que o cronista me explicasse como se pode fazer uma obra de interesse público sem que tenha interesse político”.

Relembrando as farpas então trocadas, Ventura comenta: “Não sou político, nem engenheiro, como o ex-bispo, mas acho que a melhor maneira de ‘servir ao público’ não é, p. ex., pagar mais caro pelo que se faz supostamente em seu benefício. Só mesmo a credulidade do Exército e a prodigalidade do presidente Lula com nosso dinheiro para não suspeitar de um projeto em que o custo para reformar uma casa (R$ 22 mil) é mais da metade do preço de construí-la por inteiro (R$ 32 mil)”.

A revista Veja, que – é importante ressalvar – não tem mais a credibilidade de outrora, apontou outras impropriedades: “Desde 2004, Crivella usa o Cimento Social como promessa de suas campanhas. Foi a equipe do senador que fez o projeto e elaborou o cadastro dos beneficiados, embora a obra de 16 milhões de reais seja paga com dinheiro do Tesouro Nacional. Há denúncias de favorecimento a fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus. E também de que foram escolhidas as casas mais visíveis das movimentadas avenidas próximas da favela.

Pouco leal, José Alencar agora joga toda a responsabilidade nas costas do presidente Lula, como se constata na entrevista que deu a Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, em 23/06:

- Há dois anos, o Crivella levou essa idéia ao presidente Lula. Eu estava presente. O Lula gostou muito. Passou para o Ministério das Cidades, que deu os encaminhamentos.

Indagado sobre como o Exército foi incluído nesse pacote, ele lavou as mãos, emporcalhando as alheias:

- Nosso partido, o PRB, não tem esse poder de convencimento, de uma força militar fazer algo que não queira. Isso tudo passou pelo presidente Lula.

Qual era, afinal, o motivo da relutância do Exército em executar essa tarefa? Simplesmente o de que sua missão constitucional não é policiar cidades nem servir de guarda-costas para empreiteiras. Os comandantes tinham plena consciência do desgaste a que exporiam a corporação.

Como ressaltou o senador José Sarney, o Exército não honrou suas tradições ao aceitar uma incumbência descabida, contrariamente ao que fazia no passado, quando se recusava a caçar escravos fugidos por considerar que isso cabia a capitães-do-mato e não a militares.

O resultado foi terrível. Agindo com a truculência que lhe-é costumeira quando atua junto a comunidades carentes, não teve desta vez a sorte que preservou sua missão no Haiti de incidentes mais graves.

Uma patrulha militar suspeitou de três jovens que voltavam de uma balada, submetendo-os (arbitrariamente, é sempre bom repetir) a uma revista cujo resultado foi nulo: o volume sob a camisa de um deles não era arma nem drogas.

Houve bate-boca. O oficial que comandava a patrulha (tenente) os deteve por desacato. Seu superior (capitão) mandou soltá-los. O tenente, inconformado, desacatou a ordem. Foram barbaramente torturados e executados a sangue-frio (um deles recebeu 26 tiros).

A versão oficial é a de que o tenente os entregou a traficantes de outro morro. A versão alternativa é a de que algum deles sucumbiu às torturas no quartel (como acontecia freqüentemente na ditadura de 1964/85) e os militares decidiram assassinar os outros dois, montando uma farsa para atenuar suas responsabilidades.

Ambas deixam a imagem do Exército em frangalhos. Além dos detalhes mais gritantes, há os fatos de que um tenente ignorou olimpicamente a decisão de um capitão; um capitão não teve a mínima curiosidade em verificar se sua ordem havia sido cumprida; e o comandante Militar do Leste, general Luiz Cesário da Silveira Filho, diante de um acontecimento de tal gravidade, preferiu continuar em férias na Europa do que vir descascar o abacaxi.

O Governo Lula, como sempre faz quando dá um passo em falso, bateu cabeça e demorou vários dias para curvar-se à evidência dos fatos. Ao invés de acatar a liminar solicitada pela Defensoria Pública da União e concedida pelo Tribunal Regional Federal, entrou com um recurso que só teve o efeito de prolongar a exposição negativa dele próprio, de Crivella e do Exército.

Só quando a Justiça Eleitoral foi obrigada a intervir embargando as obras, pois se tornara de conhecimento público que a equipe de Crivella havia capitalizado o projeto Cimento Social em folhetos e material de campanha, o ministro da Defesa Tarso Genro, finalmente, deu a ordem de retirada das tropas.

Resta saber se ele reconsiderou a posição que antes defendia, de criar-se um respaldo legal para a utilização de militares em missões policiais: "É claro que as Forças Armadas têm obrigações com a segurança. Mas para isso é preciso mudar a lei. Da última vez que o Exército participou, ainda estão aí centenas de processos. É preciso prevenir isso. Até julho teremos o assunto estudado e uma nova lei até o fim do ano".

Ou seja, ele considerava que o erro cometido em março/2006 não havia sido a operação atrabiliária e desastrada com que os militares tentaram recuperar armas roubadas de um quartel em São Cristóvão (RJ), mas o fato de que aqueles cidadãos cujos direitos foram atingidos (até com saques!) receberão agora as indenizações pertinentes.

Esperamos que esta última crise aclare as idéias de Jobim: as Forças Armadas são a pior opção para o combate a traficantes e outros criminosos que se ocultam no meio de populações carentes, pois transformar essas comunidades em campos de batalha acarreta sempre vítimas inocentes. Governos não podem dispor a bel-prazer da vida dos cidadãos.

Por último, é importante denunciarmos e repudiarmos a campanha que os totalitários explícitos e implícitos desenvolvem contra as práticas civilizadas, principalmente o respeito aos direitos humanos.

Não faltaram indivíduos ignóbeis (até na imprensa!) para satanizarem as vítimas da Providência, omitindo que, à luz do Direito, eram totalmente inocentes, pois jamais haviam sido condenadas pela Justiça. Passagens pela polícia, por suspeitas não confirmadas, nada significam em termos legais nem podem ser argüídas contra ninguém. Há um indisfarçável preconceito nos que trombeteiam contra favelados aquilo que jamais ousariam trazer à baila num caso envolvendo pessoas de classe média, p. ex.

O que houve foi somente isto: três cidadãos brasileiros, em pleno usufruto de seus direitos constitucionais, sofreram torturas atrozes e foram abatidos como cães, em função da sordidez dos poderosos e da omissão dos servis.

Serão mortos sem sepultura, como tantos e tantos outros em nosso sofrido País, até que consigamos construir aqui uma democracia de verdade. A de hoje é um escárnio para os que, arriscando a vida, a integridade física e a sanidade mental, conseguiram que o estado de Direito fosse restabelecido em nosso país.

* Celso Lungaretti, 57 anos, é jornalista, escritor e ex-preso político.

Mais artigos em http://celsolungaretti-orebate.blogspot.com/
LINKS EM BLOGS E

SOMOS LAJOTINHAS

A COMPOR UMA

GRANDE OBRA


Links em blogs são fios de teias que formam-se para que um blog se interligue a outro!
Como aranhas a tecer nossas teias ,vamos entrelaçando conhecimento! O trançar ao invés de tecer talvez seja mais interessante na minha visão! porque no trançar os fios são mais independentes de uma organização cartesiana e padrão!(no tecer é necessário uma divisão rígida de fios,urdume e trama!) ,sendo que o processo da web ,por ser humano,é meio caótico! Se tomarmos posse desta tecnologia extraordinária que é a Internet,poderemos nos organizar de forma nunca jamais vista na história da humanidade!
Todos nós podemos ser protagonistas e fios insubstituíveis desta enorme teia !
Assim como num Mosaico,a falta de uma lajotinha na obra,pode destruir a obra toda!! assim somos nós!! lajotinhas a formar uma grande obra!!

Nadia Stabile - 26/06/08

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terça-feira, 24 de junho de 2008


Avenidas

de São Paulo

são ocupadas

mais uma vez

60.000 professores pararam o centro da capital

Publicado em 22.06.2008
por Conselho Editorial


Pela segunda vez em apenas uma semana, os professores da rede estadual de ensino fundamental e médio do Estado de São Paulo saíram às ruas para protestar contra o decreto do governo Serra, que, caso não seja revogado, causará uma degradação ainda maior das condições de trabalho dos professores.

Na sexta-feira da semana anterior (13), cerca de 30.000 professores haviam se reunido em assembléia na Praça da República, no centro de São Paulo, e decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. Os representantes do governo afirmaram que a greve estava fraca, com uma adesão de apenas 2% da categoria. A assembléia desta sexta-feira (20), que reuniu cerca de 60.000 professores, serviu para mostrar que o governo estava equivocado.

A adesão massiva dos professores à greve (cerca de 70% em todo o Estado, segundo a Apeoesp – Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) é muito mais uma conseqüência das péssimas condições de trabalho e dos baixíssimos salários do que da atuação da direção do sindicato.

Em abril de 2007, a direção do sindicato impediu a deflagração da greve numa assembléia massiva com 20.000 professores. Na época, os dirigentes deram um prazo de 5 dias para que o governo tomasse uma posição. Na próxima assembléia, 5 dias depois, os professores não compareceram. O comentário entre os professores era o seguinte: “eu não vou perder meu tempo em assembléias que não decidem nada. Isso é uma palhaçada!” Diante de uma assembléia esvaziada, os pseudo-dirigentes tiveram a desfaçatez de culparem a categoria pela desmobilização. “Temos que voltar para as escolas e fazer a discussão com os professores, convencê-los da necessidade de participar”, gritavam os traidores em cima do carro de som. Algo semelhante se repetiu em agosto. Nova manifestação com mais de 20.000 professores. A mesma ladainha no carro de som e a conseqüente desmobilização.

Na última sexta-feira, cerca de um ano depois das traições da direção da Apeoesp, os professores não permitiram mais qualquer vacilação da direção. Desde o início da concentração dos professores na Praça da República, já era visível a sua disposição de ir à luta. Todos que defendiam a greve eram fortemente aplaudidos. Assim, os professores finalmente conseguiram atropelar a direção do sindicato, obrigando-a a deflagrar a greve.

Durante a semana, inúmeros voluntários se disponibilizaram para visitar as escolas que ainda estavam funcionando. A greve teve a adesão de um número crescente de professores. A cada dia aumentava o número de escolas paradas. Alguns alunos passaram a apoiar o movimento, participando das manifestações.

É claro que, apesar de massiva, a greve ainda pode ser traída pela direção do sindicato. Mas uma coisa é certa. Depois de décadas bloqueando a luta dos trabalhadores, as direções sindicais, já totalmente burocratizadas, estão profundamente desmoralizadas frente às massas. Abre-se, assim, entre os professores e entre diversas categorias de trabalhadores, um enorme espaço para a construção de uma nova direção, formada por trabalhadores que conhecem muito mais as mazelas sofridas pela sua própria classe do que os burocratas sindicais.

Veja abaixo os depoimentos dos professores entrevistados pelo Transição Socialista durante a última passeata. Os professores pediram para não serem identificados.

Professor 1: Só com a greve o governo presta atenção no que a gente tá exigindo.

Professor 2: Se a gente não fizer nada agora, daqui a pouco a gente está entregue.

Professor 3: É a primeira greve que eu participo. Demorei uns dias para aderir por insegurança, por que eu desconfio dessa direção do sindicato. Eles não estão preocupados com os professores.

Professor 4: Os sindicatos passaram a fazer uma disputa interna pelos cargos e deixaram de fazer uma disputa externa, contra os patrões.

Professor 5: Embora eu ache que o sindicato vai dar prá trás na hora “H”, é importante que a gente se mobilize.

Professor 6: Com esse decreto o governo quer enxugar o quadro de funcionários. Eles vão jogar um monte de gente no desemprego.

Professor 7: É meu primeiro ano de trabalho. Nós temos que entrar em greve, fazer um movimento forte. Essa história de enviar emailzinho para a Secretaria de educação não adianta. Tem que é parar mesmo.

Professor 8: Muitos professores são obrigados a sustentar duas casas, pois são forçados a trabalhar longe de suas famílias, em outra cidade, inclusive. Esse decreto impede que esses professores peçam remoção para uma escola próxima de sua casa. Isso é um absurdo.

Professor 9: Esse decreto é um desrespeito ao professor. É um instrumento ditatorial. Não passa por nenhuma votação.

Professor 10: O professor não ganha nem dois salários mínimos. Essas gratificações não são salário. Elas podem ser tiradas a qualquer momento. Nós queremos é salário!

Professor 11: O PSDB, que há 16 anos está no governo do Estado de São Paulo, vem atacando permanentemente os professores.

Professor 12: Sou eventual. Ganho R$ 6,00 a hora aula. Vou cedo para a escola e fico esperando todos os dias que outro professor falte para que eu ganhe alguma coisa naquele dia.

Professor 13: O que significa 12% sobre R$ 6,00? Isso não dá nada!

Professor 14: A greve é uma necessidade. Todo mundo estava querendo essa greve.

Professor 15: Essa manifestação vai marcar história. Nosso salário é pífio. Sou solteiro e tá difícil de me sustentar. Imagina quem tem filho, como faz prá sustentar.

Professor 16: Hoje, 60.000 professores estão dizendo NÃO a esse governo nefasto de Serra.

Professor 17: A resposta ao decreto é a insatisfação da categoria que está tomando a Avenida Paulista.

Professor 18: Aqui está a prova de que os trabalhadores são capazes de se organizar e lutar.

Professor 19: Estamos na rua prá reclamar os nossos direitos. Não adianta ficar em casa, olhando TV. Tem que vir prá rua!

http://www.transicao.org/noticia.php?id=812



world naked bike ride - NA AVENIDA PAULISTA EM SÃO PAULO DIA 14 DE JUNHO DE 2008 - http://nakedwiki.org/index.php?title=S%C3%A3o_Paulo








"world naked bike ride" - ciclistas pelados nos EUA



Passeata de ciclistas pelados na Av. Paulista - Jovem Pan

PAULO FREIRE O VIOLEIRO!! "BILHETINHO UNITÁRIO" ( este Paulo Freire é o filho de Roberto Freire o criador da Somaterapia)

ASSEMBLÉIAS POPULARES!
enviado: 24 de junho de 2008 08:14

No Brasil,muito mais importante do que eleições,deveria ser a existência de assembléias populares regulares,para que o povo decidisse sobre questões que tivessem urgência de serem decididas!!! por todos! votar um dia no ano e nos outros 364 dias não fazer nada,não nos faz "cidadãos"! (entre aspas,porque o conceito de cidadania é complexo e polêmico) Talvez melhor seria dizer que votar somente,não nos faz ser um POVO no sentido melhor desta palavrra!
Como dizia meu pai:"Povo não é um aglomerado de pessoas!" . Coloco a seguir um trecho de Foucault em "Microfísica do poder"
“De modo geral, penso que é preciso ver como as grandes estratégias de poder se incrustam, encontram suas condições de exercício em micro-relações de poder. Mas sempre há também movimentos de retorno, que fazem com que estratégias que coordenam as relações de poder produzam efeitos novos e avancem sobre domínios que, até o momento, não estavam concernidos.”

COMUNIDADE POLITEIA -
EDUCAÇÃO DEMOCRÁTICA :
http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=37391367
SOBRE PRODUTORES
DE CONTEÚDO
E SOBRE ESTUDAR


Com a Internet,além de possíveis cidadãos e possíveis consumidores,( muitos nunca chegam a ser consumidores ,ou cidadãos!),hoje podemos ser produtores de conteúdo para a web! Digo web,porque a web é diferente da Internet! a web é o varejão! e a primeira o atacadão! Ser produtor de conteúdo tem muito a ver com ser um "fazedor cultural" ,expressão criada por Paulo Freire! e fazer cultura é produzir conhecimento!


E sobre estudar:"...estudar é algo curioso!! estudamos coisas que outros estudaram,mas se não nos percebemos como produtores de conhecimento,dificilmente aprenderemos estudar de verdade!!"


Nadia Stabile - 24 de junho de 2008

sábado, 21 de junho de 2008

PARA A RETIRADA

DO EXÉRCITO!!!

REPASSE ESTA MATÉRIA!!

A Justiça decidirá na próxima quinta-feira (26/06) se ordena ou não a evacuação do contingente do Exército que afronta e aflige a comunidade do Morro da Providência, tendo sido responsável pela tortura e morte de três cidadãos.

Conclamo a todos os democratas que ajudem a pôr um fim em mais essa tentativa camuflada de impingir à população a participação de militares em tarefas policiais. Que voltem para os quartéis, de onde só deveriam sair para cumprir suas verdadeiras missões: defender o Brasil contra inimigos externos e zelar pela segurança das fronteiras, do espaço aéreo e marítimo. Ordem interna é outro departamento.

Se houver interesse, o meu artigo FORA, EXÉRCITO! está disponível para repasse, publicação e citação:



FORA, EXÉRCITO!
Celso Lungaretti (*)

O que há de tão inusitado no fato de que militares, direta ou indiretamente, causaram a morte de três favelados que não haviam cometido crime nenhum, exceto o de não lamberem suas botas?
Durante a ditadura de 1964/85, assassinatos muito mais escabrosos foram por eles cometidos às dezenas, evidenciando que, quando desafiados, é mesmo com tal truculência e bestialidade que alguns de nossos militares reagem.
Também não será novidade nenhuma a existência de ligações perigosas entre integrantes das Forças Armadas e a criminalidade – isto se foram mesmo os traficantes que torturaram e executaram aqueles pobres coitados. Não deve ser descartada a hipótese de que se trate apenas de uma manobra diversionista, visando repartir com civis uma culpa exclusiva dos fardados -- mesmo porque o relato da mãe de um deles, que garante ter visto o filho caído e ensanguentado no quartel, traz logo à lembrança o acobertamento das circunstâncias da morte de Vladimir Herzog e tantos outros durante os anos de chumbo.
Enfim, prevalecendo a versão oficial, vale recordar o emblemático episódio da equipe de torturadores da PE da Vila Militar (RJ), que, na década de 1970, incorreu em associação, seguida de disputa de mercado, com contrabandistas, para compensar o esgotamento do vantajoso filão do combate à subversão, que lhe valia gordas propinas de empresários direitistas e o direito de rapinagem dos bens dos resistentes mortos ou detidos.
Como qualquer instituição, o Exército Nacional não tem apenas o paradigma por ele escolhido (Caxias). No outro extremo há o Capitão Aílton Guimarães Jorge, que conspurcou a farda duas vezes: como torturador e como contraventor.
O pior é que, mesmo tendo sido comprovado seu envolvimento com os contrabandistas, foi absolvido por seus pares. Não o expulsaram das Forças Armadas nem mandaram a julgamento na Justiça Civil, como seriam os procedimentos cabíveis. Deixaram que saísse do Exército pela porta da frente e fosse logo bater na porta dos fundos da fortaleza do bicheiro Tio Patinhas, iniciando a meteórica carreira que o transformou num dos reis da loteria zoológica e do bingo no Rio de Janeiro.
O que separa o Exército de Caxias do Exército do Capitão Guimarães não são desvios de conduta (o eufemismo que estão usando para justificarem o atual episódio chocante), mas sim desvios de função.
Como atestam os muitos escândalos e negociatas ocorridos (e encobertos pelo manto da censura) durante a última ditadura, os militares não são imunes à corrupção que atinge o resto da sociedade. Enquanto ficam restritos à sua missão constitucional, esperando nos quartéis a hora de defenderem a Nação contra inimigos externos, mantêm-se razoavelmente a salvo desse contágio.
No entanto, ao saírem da caserna para policiar favelas ou a sociedade como um todo, podem tornar-se uma monstruosidade: criminosos especificamente treinados para a guerra e detentores do monopólio do uso legal da força.
Foi por isso que em abril de 2007, quando o governador Sérgio Cabral mandou ofício ao presidente Lula pedindo a ajuda das Forças Armadas para “assegurar a lei e a ordem na região metropolitana do Rio”, eu adverti que haveria “os inevitáveis episódios chocantes” e que o Estado não tinha “o direito de dispor a bel-prazer da vida dos favelados inocentes” (artigo Em abril Cabral descobre... os quartéis!, 12/04/07,
http://celsolungaretti-orebate.blogspot.com/2007/04/em-abril-cabral-descobre-os-quartis.html ).
A reação da sociedade, principalmente dos defensores dos direitos humanos, tem evitado que se consagre essa política de delegar aos militares a manutenção da ordem interna – desastrosa sempre que a tentaram implantar. Daí o subterfúgio de requisitar-se o Exército para fornecer segurança ao projeto Cimento Social no morro da Previdência, um exercício de relações-públicas visando preparar o caminho para o desejo de Cabral se tornar realidade.
Pois bem, o tiro saiu pela culatra e, em vez de agradecida, aquela comunidade carente está gritando “Fora, Exército!”.
As primeiras reações oficiais, entretanto, foram as piores possíveis: lágrimas de crocodilo em novo exercício de relações-públicas (o pedido de desculpas às famílias da vítima) e, o que realmente conta, os esforços do Executivo para preservar a iniciativa funesta, não acatando a sábia liminar concedida pela Justiça.
Três cidadãos torturados e mortos até agora não foram suficientes para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desista de enfiar pela goela da sociedade adentro o desvio de função dos militares. Quantas outras atrocidades serão necessárias?

* Celso Lungaretti, 57 anos, é jornalista e escritor. Mais artigos em
http://celsolungaretti-orebate.blogspot.com/

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