quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
















RÉQUIEM PARA
UM CINEMA DE BAIRRO


CELSO LUNGARETTI

“Eu quero pulgas mil na geral, eu quero a geralEu quero ouvir gargalhada geralQuero um lugar para mim, pra vocêNa matinê do cinema Olympia, do cinema Olympia”(“Cinema Olympia”, Caetano Veloso)

Ao derrotarem Cartago na 3ª Guerra Púnica, os romanos fizeram a imponente rival sumir do mapa, literalmente: não só incendiaram e destruíram a cidade, como araram as terras com sal, para que nelas nada mais florescesse, nem se soubesse ao certo sua localização.

Quais seriam os sentimentos de um cartaginês sobrevivente, ao percorrer os sítios familiares e nada encontrar além do deserto?

Provavelmente, não muito diferentes dos meus, ao constatar que, na esquina da rua Visconde de Inhomerim com a Madre de Deus, nem mesmo os escombros do cine Aliança existem mais; o velho cortiço foi derrubado para a construção de um feio prédio residencial.

Não foi só um cinema que apagaram do mapa. São as melhores recordações da minha infância que deixaram de ancorar-se na realidade visível.

Logo, logo, nada mais restará das casas em que morei, das escolas nas quais estudei, dos cinemas, teatros, livrarias, campos de futebol, botecos e outros palcos de acontecimentos marcantes da minha existência.

Uma cidade diferente terá sido erguida sobre eles, como a alertar-me de que doravante me tornarei, cada vez mais, um estranho numa terra estranha.

É o destino dos que chegam a uma idade avançada: irem perdendo todas as referências do seu passado, até nada mais os prender à vida.

No meu caso, entretanto, a Morte não terá sua tarefa facilitada. Escrevo, logo existo. Se passarem rolos compressores sobre minhas lembranças, ainda assim as farei existirem no espaço virtual.

Então, enquanto o teclado continuar obediente ao meu comando, poderei relatar às novas gerações que existiu, p. ex., um cinema chamado Aliança, numa Mooca que era um bairro fabril de São Paulo, reduto da baixa classe média e de imigrantes italianos.

Tinha umas 400 poltronas na platéia, mais algumas dezenas no balcão e oito no topo, ao lado da sala de projeção, para convidados especiais.

Um detalhe pitoresco era a cortina, totalmente preenchida pela pequena publicidade dos comerciantes do bairro, dezenas de anúncios de diferentes tamanhos. Alguns podiam ser lidos com facilidade até da última fileira, outros nos obrigavam a forçar a vista.

Os anunciantes também bancavam um folhetinho entregue gratuitamente na bilheteria – e que logo sucumbiria à progressiva queda de receita dos cinemas.

Na década de 1950, quando eu era menino, o Aliança já enfrentava a concorrência da televisão. Mas, não eram muitas as famílias em condições de adquirirem aparelhos de TV; meu pai, contramestre de tecelagem, só conseguiu comprar o primeiro em 1963.

Enfim, o simpático pulgueiro ia perdendo seu público a conta-gotas, mas implacavelmente.

Só lotava nas matinês de domingo, quando assistíamos aos filmes que nos inspiravam sonhos e brincadeiras pelo resto da semana. Eram dois, quase sempre bangue-bangues, comédias, fitas de ação e de monstros.

Entre um e outro, o filme-em-série, dividido num sem-número de episódios e sempre interrompido em momento culminante (canhestra tentativa de fidelizar o público infanto-juvenil), os trailers e as abomináveis resenhas noticiosas do Primo Carbonari, sempre recebidas com estrepitosas vaias.

Torcíamos pelos mocinhos, gritávamos, fazíamos bagunça, comíamos os doces que um funcionário vinha vender no intervalo, distribuídos num tabuleiro que ele carregava à altura da barriga.

Além das ruas, que pertenciam a nós e não aos carros, os cinemas dominicais eram o espaço que tínhamos para ser crianças num mundo moldado para os adultos.

O Juizado de Menores fazia as vezes de bicho-papão para nós. Em todas as sessões, havia quem não atingira a idade obrigatória: 5 ou 10 anos. Cinemas de bairro permitiam o acesso, pois cada centavo era importante para assegurar sua sobrevivência. E mantinham uma troca de informações entre si, de forma que o primeiro visitado pela blitz do Juizado alertava os demais, evitando que fossem surpreendidos.

Meus pais gostavam de cinema e não tinham com quem me deixar, então negociavam com o gerente minha presença nas sessões noturnas do Aliança, mesmo quando os filmes eram proibidos até 14 ou 18 anos.

Na maioria das vezes, ficávamos na platéia. Quando o Juizado andava rigoroso, éramos encaminhados para o balcão ou mesmo para as poltronas ao lado da sala de projeção. Houve uma vez em que tivemos de sair antes do filme terminar, bem a tempo de não sermos surpreendidos pela chegada da viatura.

Não penso ter sofrido nenhum efeito nocivo ao assistir a filmes proibidos. Encarava tudo com a maior naturalidade. Só uma vez fiquei apavorado, com uma fita sobre maldição de faraó. Os arqueólogos começaram a retirar os trapos que envolviam a múmia e não agüentei olhar para a tela.

Meu mocinho predileto era o Randolph Scott. Fazia questão de ver todos os filmes dele. Muito tempo depois, fiquei sabendo que aquele machão das telas formava um casal com o Clark Gable na vida real.

Filmes como Cinema Paradiso e Splendor, ao reconstituírem esse passado, flagram o fascínio cinematográfico em pequenas cidades italianas, que tinham um único cinema, quase sempre na praça principal.

Já na Mooca de meio século atrás havia mais quatro (o Icaraí, o Patriarca, o Moderno e o Imperial) e outros tantos nos bairros próximos. Mesmo assim, um era sempre o especial, aquele com o qual mais nos identificávamos. O Aliança foi o meu Cinema Olympia.

Daí a tristeza com que acompanhei sua decadência. Certa vez, já na década de 1960, fiquei surpreso ao verificar que era o único espectador de uma sessão de sábado!

Depois, veio uma fase de filmes de nudismo, que despertaram algum interesse inicial, mas logo deixaram de dar boa bilheteria.

O Aliança virou boliche para aproveitar a onda (passageira), depois voltou a ser cinema. Em vão. Já não tinha propriamente espectadores, só poucas e desinteressadas testemunhas.

A agonia terminou na década de 1970, quando o projetor foi apagado para sempre.

E a pá de cal veio no ano passado, com a derrubada do pardieiro em que se amontoavam as famílias pobres de um bairro agora próspero... mas inóspito.

No entanto, o amor pelo cinema, despertado nas matinês do Aliança, me ficou para sempre. Bem como essa teimosia de querer que os sonhos e a fantasia sejam inspirações para a vida, ajudando-nos a reencontrar a humanidade perdida.

Celso Lungaretti é jornalista e escritor.



*imagem: foto da esquina da rua visconde de inhomerim,com avenida paes de barros no bairro da mooca,nos dias atuais.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008


palestra gratuita

em São Paulo

Temos o prazer de convidá-lo (a) para a 1ª palestra de 2008.
Tema - “A SAÚDE BUCAL E A SAÚDE MENTAL COMO SE RELACIONAM?
Palestrante - Dra. M. Cecília Ciaccio Vendola - Cirurgiã- dentista
Dia - 28 de fevereiro ( quinta-feira )
Horário - 20hs
Local - PRAÇA SANTA RITA DE CÁSSIA, 133 – MIRANDÓPOLIS - Estação Praça da Árvore do Metrô
Entrada da sala pela Av. Sen. Casemiro da Rocha, 599 na lateral da Igreja de Santa Rita de Cássia.
São Paulo - SP

Entrada Gratuita - Colaboração espontânea - 1 quilo de alimento não perecível.

Maiores informações : (11) 3208-1225
Fênix Associação Pró Saúde Mental

www.fenix.org.br

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008














O VANDRÉ QUE

EU CONHECI
Celso Lungaretti (*)

Eu era um adolescente começando a me interessar pela política quando uma música me atingiu em cheio: "Canção Nordestina", do Geraldo Vandré, com aquele seu grito lancinante ("...e essa dor no coração/ aaaaaaaAAAAAAAAIIII!!!!, quando é que vai acabar?") reverberando em todo o meu ser.

Foi meu primeiro ídolo. Acompanhei a vitória da "Disparada", amaldiçoando o Jair Rodrigues por abrir um sorriso bocó no trecho mais dramático ("...porque gado a gente marca,/ tange, ferra, engorda e mata,/ mas com gente é diferente").

Depois, nos estertores d'O Fino, o programa passou a ser conduzido, uma em cada quatro semanas, pelo Vandré (nas outras, se bem me lembro, os apresentadores eram Chico Buarque/Nara Leão, Elis Regina/Jair Rodrigues e Gilberto Gil/Caetano Veloso).

Num de seus programas, o Vandré declamou o "Poema da Disparada", sobre a modorrenta mansidão da boiada, até que um simples mosquito, picando um boi, provoca o estouro, e nada volta a ser como antes. Belíssimo.

Aí o Vandré brigou com a TV Record e saiu da emissora, alegando que um desses seus programas havia sido censurado pelos patrões, por temerem os milicos.

Veio o Festival da Record de 1967 e Vandré, com sua "De Como Um Homem Perdeu o Seu Cavalo e Continuou Andando" ("Ventania"), virou alvo de críticas e maledicências ininterruptas nas emissoras da Rede Record. Diziam até que ele havia contratado uma turba para vaiar Roberto Carlos.

"Ventania" não era mesmo uma segunda "Disparada", mas, sem toda essa campanha contra, certamente obteria classificação melhor do que o 10º lugar.

Aconteceu então aquele 1º de Maio esquisito, em 1968, quando o PCB (que conchavava até com governadores biônicos...) garantiu ao Abreu Sodré que ele poderia discursar tranquilamente na Praça da Sé.

O ingênuo acreditou e, mal tomou a palavra, recebeu uma nuvem de pedradas dos trabalhadores do ABC e de Osasco, organizados pela esquerda "autêntica".

Sodré correu para se esconder na Catedral... e Vandré foi fotografado ajudando o governador a escafeder-se!

A foto saiu na capa de um jornal e fez com que muito esquerdista virasse as costas ao Vandré.

No final de junho/68, os operários de Osasco tomaram pela primeira vez fábricas no Brasil (e em plena ditadura!). A reação foi fulminante, com a ocupação militar da cidade.

Os estudantes tomaram então a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, na rua Maria Antônia, para mantê-la aberta durante as férias de julho, prestando apoio à greve de Osasco.

O Vandré apareceu lá numa noite em que estava marcada uma assembléia para tratar do apoio estudantil à greve. Foi hostilizado pelos universitários, lembro-me de uma fulaninha gritando sem parar: "traidor!", "traidor!".

Eu estava lá com companheiros secundaristas da Zona Leste, todos admiradores do Vandré. Então, nós nos apresentamos e conseguimos convencê-lo a vir conosco para um bar. Bebemos, papeamos horas a fio, apareceu um violão e rolaram algumas músicas.

Lá pelas tantas, o Vandré mostrou uma letra rascunhada e cheia de correções que ele escrevera numa daquelas folhas brancas de embrulhar "bengalas" (pão). Era a "Caminhando", que tivemos o privilégio de conhecer ainda em gestação.

É importante notar que ele fez a "Caminhando" exatamente para responder aos esquerdistas que o estavam "gelando". Quis lhes dizer que continuava acreditando nos mesmos valores, nada havia mudado.

Perguntamos por que ele havia socorrido o Sodré. A resposta: "Nem sei. Estava tão bêbado que não me lembro de nada que aconteceu".

"HÁ SOLDADOS ARMADOS, AMADOS OU NÃO"

Naquele FIC da Globo, "Caminhando" foi uma das cinco classificadas de São Paulo para a final nacional no Rio. O que chamou mais a atenção por aqui foi a não-classificação de "Questão de Ordem", do Gil, e o desabafo de Caetano Veloso, que acabou retirando sua "É Proibido Proibir" do festival em solidariedade ao amigo (depois de detonar o júri "simpático, mas incompetente" com um discurso célebre, que acabou sendo lançado em disco com o nome de "Ambiente de Festival").

No Rio, entretanto, o clima era outro. Numa manifestação de rua, a repressão acabara de submeter estudantes a terríveis indignidades (os soldados chegaram a urinar sobre os jovens rendidos e a bolinar as moças). Isto despertou indignação geralizada na cordialíssima "Cidade Maravilhosa".

O FIC aconteceu logo depois e os cariocas adotaram "Caminhando" como desagravo. Vandré teve muito mais torcida lá do que em SP. Quando ele reapresentou a música, já como 2ª colocada, os moradores de Copacabana abriram as janelas de seus apartamentos e colocaram a TV no volume máximo. Cantaram juntos, expressando toda sua raiva da ditadura.

Reencontrei Vandré por volta de 1980, já escrevendo para várias revistas de música. Propus-lhe uma entrevista, que ele não quis dar: "Não tenho nada para lançar, para que lhe dar a entrevista?".

Acabamos indo (eu e minha companheira de então) ao apartamento do Vandré na rua Martins Fontes e papeando horas -- mas em off, ou seja, com o compromisso de nada publicar.

Reparei que ele continuava lúcido, ao contrário das versões de que teria ficado "xarope" com as torturas. Mas, perdera a concisão e clareza. Seus raciocínios faziam sentido, mas davam voltas e voltas até chegarem ao ponto. Para entender a lógica do que ele dizia, eu precisava ficar prestando enorme atenção. Era exaustivo.

O mais importante que ele disse: estaria na mira de organizações de extrema-direita, inconformadas com a gradual distensão do regime.

A censura finalmente liberara "Caminhando", que teve sucesso na voz de Simone. Vandré explicou que tinha de passar-se por louco pois, se ele tentasse voltar junto com a música, seria assassinado.

Insistiu muito em que não se apresentaria no Brasil enquanto o País não oferecesse garantias legais aos seus cidadãos. Realmente, algum tempo depois, soube que ele marcara um show para uma cidade próxima à fronteira Brasil/Paraguai. Quem foi lá vê-lo? Brasileiros, claro...

Quando estudava na ECA/USP, eu fiz um trabalho de teleteatro de meia hora baseado nos personagens e no clima da música "Das Terras de Benvirá" -- sobre uma comunidade de refugiados brasileiros decidindo se já era hora de voltar para a patriamada ou não. Minha pequena contribuição àquele momento (1979) da anistia.

Conheço quase toda a obra do Vandré. E considero o LP francês, "Das Terras de Benvirá", uma lancinante obra-prima....Quanto à promiscuidade com milicos depois de sua volta do exílio, a canção composta em homenagem à FAB e as declarações negando ter sido torturado, a minha opinião é que ele não conseguiu suportar a realidade de que não se comportara heroicamente.

Em várias músicas (como "Terra Plana", "Despedida de Maria" e "Bonita"), o personagem central era um guerrilheiro. As canções, narradas sempre na primeira pessoa. Ou seja, saltava aos olhos tratar-se do papel que sonhava ele mesmo representar na vida real.

Mas, claro, o Vandré não foi para a guerrilha nem parece ter passado pela prova de fogo nos porões da ditadura com o destemor desejado. Além disto, não aguentou viver muito tempo fora do Brasil e voltou com o rabo entre as pernas. Com certeza, negociou com os militares para poder desembarcar "sem ter na chegada,/ que morrer, amada,/ ou de amor matar" ("Canção Primeira").

A minha impressão é que, nordestino e machista, ele não aguentou admitir que fora quebrado pela tortura e pelos rigores do exílio. Então, preferiu desconversar, embaralhar as cartas, descaracterizar-se como ícone da resistência. Enfim, um caso que só Freud conseguiria explicar (e esgotar).

De qualquer forma, aquele artista que tanto admiramos foi assassinado pelos déspotas, da mesma forma que Victor Jara e Garcia Lorca. Sobrou um homem sofredor, que merece toda nossa compaixão.


* Jornalista e escritor.

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domingo, 24 de fevereiro de 2008


muitas pessoas não

sabem responder certas

questões e nunca

refletiram sobre elas:

por que Angeli matou Re Bordosa?

por que Fernando Pessoa tinha vários heterônomos!?

por que Tancredo foi eleito após as "diretas já" ,em 1984,ao invés de Brizola!?

por que as pessoas nunca refletem,e quase nunca são coerentes com suas posições políticas,"conservador","liberal " ou "de esquerda"!?

ser reacionário proporciona algo de bom para si e para os outros?

ser alienado tem alguma utilidade!? e se tem ,para quem?

por que Geraldo Vandré sumiu?

por que aceitamos passivamente intrigas da mídia como a que fizeram com Wilson Simonal!?
ele fez mesmo o que diziam? e afinal o que ele fez?

por que sempre confundimos a obra com o autor da obra!?

por que não conseguimos entender que não pode haver hierarquias entre culturas,povos,épocas,sexos,idades e etc?

por que muitos ainda acham que comunistas comem criancinhas!?

por que as pessoas deturpam tanto as coisas? será falta de vontade de se informar,ou de pensar!?

por que as pessoas continuam não percebendo que todos morrem e vão para um mesmo lugar?

por que as pessoas não percebem que este planeta poderia fornecer vida muito boa para todos e não só para quem tem muita grana!?

por que Chacrinha dizia: eu vim pra complicar,não pra explicar?

por que Capital Inicial pergunta em uma de suas músicas: o que você faz quando ninguém te vê?

por que temos mania de nos afastarmos de quem nos "ajuda"!?

por que há muitos mortos sem sepultura até hoje!?

por que as pessoas são tão materialistas?

por que Elis Regina e Cássia Eller se mataram,ou quase?

por que existem tantos grandes artistas brasileiros,ou não,que logo morrem?

por que há vários autores que utilizam heterônomos ou pseudônimos?

por que o capital tem tanto poder sobre nós?

somos todos oprimidos pelo dinheiro mesmo?

por que a maioria de nós não é generoso e não compartilha ideias?

por que a maioria deixa pra lá seus ideais ou nem nunca os descobriu mesmo?

por que a maioria nem sabe o que é ser cidadão!?

por que achamos que os animais existem para suprir nossas necessidades?

e por que também achamos que a natureza existe para ser usada e destruida por nós!?

ficar rezando na igreja resolve nossos problemas sociais?

por que estou fazendo tantas perguntas? e por que necessito fazer perguntas!?

por que não nos solidarizamos com os que estão com mais problemas para viver do que nós?

por que não começamos a ver saídas para resolver os nossos e os problemas de todos,e paramos de dar tanta atenção à mídia opressiva?

por que as pessoas desejam tantas coisas que estão fora de si!?

desejar coisas de nós mesmos é muito desafiante para quem está programado pela mídia televisiva!?

por que o Brasil é um dos campeões de realizações de cirurgias plásticas,só perdendo para os EEUU?

por que os produtores de matéria prima do nordeste por exemplo ainda continuam ser escravizados?

por que os homens subestimam tanto as mulheres!?

por que as mulheres atribuem tanto poder aos homens e se desvalorizam tanto?

por que muitos brasileiros nem sabem porque a educação no Brasil piorou tanto depois da ditadura militar!?

por que a infra estrutura na zona rural continua tão precária?

por que nós brasileiros somos tão intolerantes com o homossexualismo,e ainda somos hipócritas quando dizemos não ser racistas?

por que rotulamos tanto? por que somos tão ignorantes em não conhecermos a diversidade cultural e política de judeus,afro descendentes e orientais!?

por que a maioria não tem interesse em conhecer suas raízes culturais!? nossas raízes possuem muito da cultura judaica!

por que geralmente nem sabemos o nome de nossos bisavôs?

por que os homens ,na sua maioria,são coniventes com as injustiças praticadas contra as mulheres!?

por que quase ninguém sabe que Rui Barbosa provocou uma grande catástrofe cultural ,quando queimou todos os documentos relativos às origens de nosso povo afro descendente!?

por que as mulheres possuem tanto medo de se expressarem?

por que nem nos interessamos pela economia solidária? e nos conformamos em ser explorados?

por que parecemos sofrer da síndrome de Estocolmo,e sermos dóceis com nossos algozes,os EEUU?

por que muitos de nós continuam a dar murros em ponta de facas e se fazem de vítimas!?

pensar dói!? mudar,arranca pedaços? filosofar é coisa do passado?

acreditar em Deus precisa ser necessáriamente ficar esperando que ele resolva tudo?

o individualismo é algo que proporciona nossa evolução social?

aceitar ataques culturais e nem rebatê-los com a procura de nossa verdadeira cultura brasileira é algo digno de um grande e digno povo?

não conhecer nossa história faz de nós um povo de verdade?

por que nunca enxergamos a raiz,a causa dos problemas!? e só vemos o efeito!? será por não termos estudado lógica na escola?

a filosofia de vida : "eu estou bem e os outros que se danem ",nos leva a algum lugar?

a frase : "cada um por si e Deus por todos" ,faz parte de sua ideologia?

você sabia que todos possuem uma ideologia? você sabe definir a sua?


(ainda continuará a "sabatina" noutro dia!)




nadia stabile - 24/02/08


*imagem: obra Operários de "Tarsila do Amaral"

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008











"Domenico de Masi"

no programa

Roda Viva,

da Tv Cultura,em 1999,

leia a entrevista no site do Projeto FAPESP-Tv Cultura

Domenico de Masi 1999
04/01/1999
Domenico de Masi fala de suas pesquisas, da realização trazida pelo trabalho e da necessidade do tempo livre, que traz benefícios para a saúde física e mental

LEIA A ENTREVISTA TODA E ASSISTA UM PEQUENO TRECHO:

http://rodaviva.fapesp.br/?id=30&pag=1

trecho da entrevista: (...)Domenico de Masi: Bem, veja, o Brasil é um espelho do mundo, porque, em um só país, ele reproduz as contradições existentes no mundo inteiro. Creio que, se os problemas forem resolvidos no Brasil, será um modelo para o resto do mundo [gesticulando]. No próximo dia 11 de outubro, o planeta vai atingir 6 bilhões de habitantes. Isto representa uma população dez vezes maior que a do fim do século XVI. E no mundo todo existem essas contradições. Cinco bilhões de pessoas, praticamente, vivem como nas favelas. E um bilhão vive como se vive na Avenida Paulista, aqui em São Paulo. Essas contradições existentes no mundo todo são encontradas aqui, num só país e, muitas vezes, numa mesma cidade. Isto é um ponto fraco e forte também. Vocês têm, por exemplo, o desemprego pré-industrial, devido ao fato de que ainda não há a difusão de um trabalho do tipo moderno. Mas vocês já têm o desemprego pós-industrial, pelo fato de que as indústrias têm uma tal força de tecnologia, que devem dispensar cada vez mais pessoas. Eu repito: se os problemas se resolverem no Brasil, isto será o modelo para um terceiro caminho entre capitalismo e comunismo no mundo inteiro.(...)
















"Pierre Levy"

no programa Roda Viva,

da Tv Cultura, em 2001,

leia a entrevista no site do Projeto FAPESP-Tv Cultura


Pierre Lévy
08/01/2001
As teorias do filósofo francês, Pierre Lévy, sobre cibercultura e a inteligência coletiva são os temas centrais desta entrevista.


LEIA AQUI A ENTREVISTA TODA E ASSISTA UM PEQUENO TECHO:
http://rodaviva.fapesp.br/?id=47&m=pierre+levy

trecho do programa:(...)Pierre Lévy: Não é exatamente o progresso tecnológico em geral. Mas acho que há uma correlação muito forte entre o progresso das técnicas de comunicação, em especial, e a democracia. Esta é uma relação muito antiga na história. Não poderiam ter inventado a cidadania e a democracia na Grécia antiga se não houvesse o alfabeto. Isto é, uma técnica de escrita que permite aprender a ler e escrever facilmente. A partir do momento em que isso não é mais privilégio dos escribas, graças ao alfabeto, todos podem ler a lei. Portanto, em uma civilização sem alfabeto, a democracia não poderia ter sido inventada. Por outro lado, se olhamos as transformações políticas que se seguiram à descoberta da impressão na Europa, durante o Renascimento, podemos entender que, sem ela, não existe a imprensa. Sem imprensa, não há opinião pública e, sem opinião pública, não pode haver as grandes democracias modernas, como as que apareceram na Inglaterra, na França, com a Revolução Francesa, e na América, com a Revolução Americana. A noção dos direitos humanos, em geral, a noção moderna, está ligada à imprensa e à opinião pública. E também à possibilidade de saber o que acontece no mundo facilmente, através da imprensa.(...)

UT PICTURA POESIS - Centro Maria Antonia - USP






















clique na imagem para vê-la ampliada
I Curso de

Autogestão

Social

Sempre aos sábados (01 de março, 08 de março, 15 de março e 29 de março), das 8h às 12h, na Universidade Católica de Goiás.Está é uma iniciativa do Programa de Incubadora Social desta universidade.
A idéia é refletir sobre o tema da autogestão, seus sentidos históricos e atuais, as principais experiências e a relação entre AUTOGESTÃO e Cooperativismo, Economia Solidária, Autonomia, Desenvolvimento Local, dentre outras temáticas.
Será ministrado pelo Prof. Dr. Nildo Viana (UEG/GO) e custará R$ 67,00 (sessenta e sete reais).O curso é destinado a estudantes, pesquisadores, professores, militantes da economia solidária, membros de cooperativas e comunidade em geral.

Maiores informações com Ângelo Cavalcante
http://autogestnacabeca.blogspot.com/
http://www.fbes.org.br/index.php?option=com_frontpage&Itemid=1

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008



globo terrestre

é arremessado do

sétimo andar!

arremessar,jogar,coisas pelas janelas de automóveis, ou de casas e apartamentos,além de enviar foguetes para o espaço,é atitude interessante da raça humana!

o único globo terrestre que tive em minha casa,foi arremessado pela janela de meu apartamento que ficava no sétimo andar,por um garotinho de 10 anos,amigo de meu filho! por sorte caiu no telhado do vizinho,e também por sorte,tratava-se de um globo inflável e bem pequeno!

quem não se lembra da inesquecível cena inicial do filme "2001 - Uma Odisséia no Espaço",de Stanley Kubrick (1968)!? o "macaco"(ou o que poderia ser um ancestral nosso) está a quebrar ossos,num certo momento,atira para o alto um dos ossos que utilizava como ferramenta! e esta é a introdução genial desta obra cinematográfica clássica!

outro dia num programa popular da tv,uma senhora muito simples disse que sempre atirava lixo pela janela do ônibus,e que só iria parar de fazê-lo,quando todos parassem também! neste momento a apresentadora ficou muito indignada! se formos analisar isto pela visão da educação,não será difícil perceber que esta senhora talvez não tenha tido boa educação! mas indo além,e por outro caminho,poderíamos nos perguntar por que o ser humano adora arremessar coisas. desde crianças ,e até depois de grandes,brincamos de jogar pedrinhas no lago,moedas na fonte,iscas presas em anzóis,jogar no telhado o dentinho de leite...no atletismo,o lançamento de discos,os paraquedistas e os praticantes de "bang jump" ...estes extrapolam! atiram-se eles próprios!... desde que Galileu...Isaac Newton...começaram a estudar os fenômenos físicos,e descobriram que um objeto arremessado de grandes alturas,ao chegar no solo possue peso muito mais elevado!...bom,eu também nunca estudei física a fundo! mas se tivesse tido experiências na escola ! assim como esta senhora que atira lixo pelas janelas!...morei num outro prédio,no nono andar,e várias vezes houveram circunstâncias dignas de um cientista da física! certa vez um frasco pequeno de perfume foi jogado do 12º andar,o resultado foi um enorme furo na carroceria de um automóvel estacionado no pátio da garagem externa ! as experiências científicas de uma forma ou de outra sempre ocorrem! podemos perceber que a curiosidade humana não tem limites! e que se fosse muito mais explorada nas escolas,teríamos muito menos surpresas!

Nadia Stabile - 21/02/08

"em Cuba não há

desdentados

e nem prostituição!"

(frase de cientista política no jornal da tv cultura,19/02/08)

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008


O OUTONO DO
LIBERTADOR
Celso Lungaretti (*)

Faltou pouco para Fidel Castro completar meio século como homem forte de Cuba: aos 81 anos de idade, afinal admitiu que sua saúde debilitada o impede de retomar as funções delegadas a seu irmão Raul em junho de 2006.

Em carta publicada no Granma, Fidel se declara impossibilitado de “assumir uma responsabilidade que requer mobilidade e entrega total”. E conclui: “Não desejarei nem aceitarei o cargo de presidente do Conselho de Estado e comandante-em-chefe”.

Dificilmente o outono do patriarca será avaliado com distanciamento crítico na imprensa e internet. Explícitas ou implícitas, as posições ideológicas dos autores vão inspirar a maioria dos textos.

Não pretendendo ser exceção à regra, pelo menos tentarei fazer justiça ao personagem histórico que marcou profundamente a história mundial na segunda metade do século XX.

Castro nunca teve o perfil do revolucionário que quer mudar o mundo, como Marx, Lênin ou Trotsky. Aspirava apenas a ser o libertador de Cuba, livrando-a da ditadura corrupta de Fulgêncio Batista, que fizera da ilha um centro de entretenimentos para turistas ricos interessados em prostituição, jogatina, drogas... e discrição.

Os tão alardeados paredóns, as execuções de inimigos, durante a guerra de guerrilhas e depois da tomada do poder, inserem-se perfeitamente na tradição sanguinária das rebeliões latino-americanas.

Até então, Fidel pouco mais era do que um caudilho típico da região, o filho de latifundiários que abraça a causa dos pobres e se torna seu general. Chegou a declarar enfaticamente que não havia “comunismo nem marxismo em nossas idéias, só democracia representativa e justiça social".

A hostilidade exacerbada dos EUA ao novo governo acabou jogando-o nos braços da URSS, pois só a outra potência mundial poderia dar-lhe alguma chance de sobrevivência face ao poderoso vizinho que impunha um embargo comercial, apoiava invasões armadas e promovia atentados terroristas (várias vezes fracassaram os planos mirabolantes da CIA para matar Fidel!).

A contrapartida desse guarda-chuva protetor foi a total submissão da ilha às imposições soviéticas, com a adoção do modelo stalinista de socialismo num só país, com economia totalmente estatizada, autoritarismo político e submissão da classe trabalhadora à burocracia que deveria representá-la.

Aparentemente, Castro ainda tentou escapar dessa armadilha, ao concordar com os planos de Che Guevara para revolucionar a África e, principalmente, a América do Sul.

Com a execução de Che e o extermínio dos principais movimentos revolucionários latino-americanos, Fidel teve de se conformar com o isolamento em relação a seus vizinhos e a dependência de um aliado distante e arrogante.

Ao monumental sapo engolido em 1962, quando Nikita Khrushchov nem se deu ao trabalho de consultar Cuba antes de acertar com os EUA a desmontagem das bases de mísseis instaladas na ilha, seguiram-se outros, sempre indigestos e, ainda assim, digeridos.

Para compensar, Castro obtinha ajuda econômica que lhe permitiu oferecer condições de existência minimamente dignas para o conjunto da população, com destaque para as realizações marcantes em educação e saúde.

Se pessoas mais capazes e empreendedoras eram impedidas de obter a condição diferenciada que seu potencial lhe asseguraria alhures, acabando por emigrar de um jeito ou de outro, é certo também que a grande maioria considerava sua situação melhor que a de antes.

Daí a gratidão e carinho que tributava a Fidel, apesar da falta de liberdade e do afloramento de uma odiosa nomenklatura, reproduzindo a distorção soviética: onde todos deveriam ser iguais, a burocracia partidária e governamental concedia privilégios indevidos aos seus membros, tornando-os mais iguais.

Agonia lenta – A situação, que começara a mudar com a Perestroika, tornou-se crítica após a derrubada do muro de Berlim e o fim do socialismo real no Leste europeu.

Ao deixar de ser sustentada pela União Soviética, que lhe injetava recursos e a utilizava como um cartão postal do seu regime, Cuba atravessou uma gravíssima crise econômica, até reaprender a andar por suas próprias pernas. Na década passada, as fugas da ilha com barcos improvisados chegaram ao auge.

O pior já passou, mas os tempos heróicos também. O povo cubano não é o mesmo que se orgulhava de haver reconquistado sua dignidade, com a ilha deixando de ser bordel dos norte-americanos. Essas lembranças estão muito distantes.

Hoje, conta mais o quanto Cuba está perdendo ao ficar fora do fluxo de capitais e de comércio do capitalismo globalizado. Nenhum povo se dispõe a sacrificar-se indefinidamente por uma ideologia. Até suporta, estóica ou heroicamente, os rigores, mas quer depois as recompensas.

Então, tudo indica que, sob Raul Castro, Cuba vai encontrar um modus vivendi com as nações capitalistas e assumirá seu papel na economia globalizada.

Quanto a Fidel, acabou tendo seu destino atrelado à bipolarização do poder mundial, que lhe permitiu inflar demais o balão cubano, mas só enquanto durou. No fim da linha estava a agonia lenta.

Em circunstâncias quase sempre dificílimas, ele fez o melhor que pôde por seu país – não pelo marxismo ou pela revolução mundial, que nunca foram suas verdadeiras devoções.

Quando se puder avaliar seu papel histórico sem os exageros propagandísticos e o tiroteio ideológico atuais, deverá ser reconhecida, sobretudo, sua vontade inquebrantável, que o fez ser visto como um titã apesar da ínfima importância geopolítica da nação que representava.
Celso Lungaretti é jornalista e escritor.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008


dentes demais...

a culpa é do fogo!

você já se fez esta pergunta : o que houve com a cabeça da raça humana na fase de transição da era do fogo!? talvez tivessem ainda muitos dentes! o uso e o desuso,neste caso o desuso dos dentes de maneira brutal como acontecia antes da dominação do fogo pelo ser humano,transformou a função dos dentes! com isso não seriam necessários tantos dentes,e nem que fossem tão robustos como antes! o alimento cozido necessita de menos força mecânica para ser triturado! então,as mudanças do contexto talvez se anteciparam à mudança de mentalidade da raça humana! e assim talvez a quantidade exagerada e inútil de dentes,tenha até atrapalhado!
Mas coloco isto para equiparar a outras questões atuais! por exemplo,não é porque foram inventados os métodos contraceptivos , que as mulheres deixaram de ser férteis! e deixaram de ter instinto maternal! o que quero dizer é que a "cultura humana"! antecipa mudanças biológicas,morfológicas,(a lei da herança dos caracteres adquiridos),pelo uso e desuso,pela tecnologia que nos faz deixar de usar certas coisas!...
bom,deve estar muito confuso! pra mim e pra vocês!
quero chegar no assunto TPM,sou mulher e sei bem sobre o que falarei agora,li certa vez que as mulheres modernas sofrem muito mais com a TPM,(síndrome pré menstrual,ou tensão),
a explicação "científica" é que as mulheres antigas engravidavam muito mais vezes e quase nem chegavam a ter muitas menstruações,com as mudanças de contexto as mulheres quase nem chegam a casar-se ou chegam a ser mães mais tarde! (lógico que há as adolescentes que engravidam antes da hora!) mas,por causa da anticoncepção,as mulheres menstruam muito mais! isso gera no inconsciente das mulheres o seguinte: "estou menstruando,mais uma vez que não poderei ser mãe!" (talvez o sangue também por ser um arquétipo relacionado a morte,cause isto,como se a menstruação fosse um aborto!) .
Tentando resumir, o contexto mudou,mas as mentalidades não! o homem pré histórico talvez se sentisse infeliz na transição da era do fogo,por perceber que seus dentes já não possuiam mais a mesma forte e vital função de antes! e assim também a mulher que sente-se meio inútil por não mais procriar como antigamente! (tudo isto inconscientemente!) e como dizia Jung,nosso consciente é uma ilha no oceano do inconsciente!
A lei da herança dos caracteres adquiridos na raça humana é bem distinta da de outros animais,
porque o ser humano é um ser cultural,nossa razão altera nosso habitat e nosso "modus vivendi".
Portanto,a questão do uso e desuso,leva-nos a pensar que talvez tenhamos que usar mais nossa consciência,nosso pensamento para tentar superar e compreender tantas mudanças sociais,
tantas mudanças tecnológicas,assim como o ser humano custou a entender e a dominar o fogo,
talvez tenhamos que entender e dominar melhor as novas tecnologias...

Nadia Stabile - 19/02/08

* para conseguir ecrever este texto tive a cooperação de meu filho,numa calorosa discussão,
ele comparou este tema a evolução das espécies de Darwin,citando o porquê que as girafas evoluiram com seus pescoços compridos...e fez com que eu lembra-se de outras coisas...
constatei fatos muito interessantes conversando com ele...

sábado, 16 de fevereiro de 2008










"laranja mecânica"
e a delinquência

no filme de 1971, dirigido por Stanley Kubrick,a questão da delinquência juvenil é abordada de maneira interessante! o jovem protagonista é submetido a processos brutais para que possa voltar a viver na sociedade,mas tudo fracassa.
no livro "Liberdade sem medo" escrito no final da década de 50, Neill diz que a delinquência só pode ser curada através do amor! a definia como doença,alcançando sucesso com sua filosofia
que é emblemática na educação democrática!
Korczak,o médico que educou 200 crianças na Polônia,e que foi vítima do holocausto,junto com suas crianças,escreveu um livro "Como amar uma criança",onde ele narra a vida das crianças e como agia na educação delas,sempre tentando ser o máximo justo,amoroso,equilibrado,
imparcial,apesar de admitir que o educador não pode ser hipócrita e não reconhecer e até cumprimentar uma criança que tenha se saído bem numa tarefa! e,demonstrar maior simpatia por alguns alunos,será bem recebido pelos outros que também possuem seus amigos prediletos!
cito também Tolstói que influenciou Gandhi com sua filosofia da não-violência,e que é o grande
alicerce da educação democrática,portanto, certamente deve ser lido para entendermos que não se eliminam atitudes ruins,com atitudes ruins,os castigos,as punições,as vinganças,
nada constroem! pelo contrário,este ponto é responsável pela auto-destruição dos seres humanos!
as pessoas antes de terem filhos deveriam primeiro aprender a amar,
o amor é essencial na educação ! mas até amar,ou inclusive amar deveríamos aprender na escola! como disse Patch Adams! temos aulas de matemática,por que não ter aulas de amor!?


*Tolstói :"O Reino de Deus Está Em Vós"
*Foucault,M.:"Vigiar e Punir"


nadia stabile - 16/02/08














"tenho vergonha de
ser americano !
meu país deveria pagar pelos assassinatos em massa no Afeganistão!"

" quando temos convidados num jantar,primeiro servimos a todos,para só depois nos servirmos e comermos,assim deveria ser aqui no Brasil,ou em qualquer lugar! disse ser terrível uns terem muito o que comer e outros passarem fome!"

"todos , se tiverem comida e amigos,poderiam viver bem"

"olhe firmemente nos olhos de um desconhecido e diga-lhe :eu te amo!"

"o mundo daqui pra frente deveria ser governado só pelas mulheres!"

"o povo brasileiro deveria defender a Amazônia,lutar por ela!"

"Bush é nazista"

"para que você quer ter um relógio de pulso que custa três mil dólares?..."

"os médicos viraram robôs,não se rebelam...e as pessoas em geral não sabem mais pensar"

"no filme com Robin Willians,o episódio da senhora na banheira com macarronada,foi amenizado,na verdade foi bem pior do que aquilo! geralmente Hollywood ameniza os fatos!e inventa ou deturpa outros..."

" para melhorar o atendimento médico-hospitalar,primeiro:médicos(as) e enfermeiros(as) deveriam entrar cantando nos hospitais,segundo:as consultas deveriam começar com o médico massageando os pés dos pacientes, e os médicos ou enfermeiros mais rabugentos,teriam seus retratos bem grandes expostos nas paredes dos hospitais como "o mais rabugento do mês",o resultado seria que todos tentariam ter o hábito de serem alegres e gentis com os pacientes e com todos,para não passarem o vexame de serem eleitos o mais rabugento do mês!"

*frases de "Patch Adams",no programa televisivo da tv cultura,"Roda Viva",que foi ao ar
em agosto de 2007,com reprise em fevereiro de 2008.

*Hunter "Patch" Adams (nascido em 28 de maio de 1945 em Washington, distrito de Columbia) é um médico norte-americano famoso por sua metodologia inusitada no tratamento a enfermos. Também fundou o Instituto Gesundheit em 1972. Patch Adams é formado pela Virginia Medical University.(...) http://pt.wikipedia.org/wiki/Patch_Adams

nadia stabile - 16/02/08


baciadas de dentaduras

aqui no Brasil,há não mais de três décadas,encontrava-se em feiras,
nas regiões norte,ou nordeste,dentaduras vendidas em bacias,isto é,
o cidadão chegava e simplesmente experimentava ali mesmo,qual
a dentadura que se adaptava melhor a sua boca ! hoje não sei se isso ainda ocorre!
como é possível?! poderemos até achar engraçado!...mas...
muitos fatos antigos nos arrancam risos e até nos causam estranhamento pelo sofrimento que
as pessoas passavam quando não havia anestesia ,ou quando a técnica e as ciências ainda engatinhavam!
mas a questão dentária é algo que interessa-me muito,porque estudei prótese dentária e um pouco de design,qual o ponto de contato entre os dois?
se pensarmos que a cada dente corresponde uma função,pronto,já teremos um belo exemplo de design da natureza. nos dentes,assim como numa exemplar obra do design,nada é supérfluo!
todos os detalhes possuem um porquê de existirem!
os dentes possuem inúmeras funções,além de serem vitais para nossa alimentação,
possuem a função acústica, ao falarmos ou cantarmos são inestimáveis...além de estruturarem nossa face,e por esta razão quando vemos pessoas idosas sem a dentadura,elas nos parecem muito mais velhas!
nossa articulação da mandibula é muito delicada,se algo não estiver se encaixando direito em nossa oclusão dentária,acabaremos sentindo dores horríveis na face,ouvido etc.
agora imaginem os danos que estas pessoas no passado sofriam ao comprarem dentaduras em feiras públicas!
imaginem também que nós como cidadãos não temos os direitos mais fundamentais de assistência médica e odontológica!
no Brasil a classe média tem empobrecido com os aumentos de planos médicos e das anuidades das escolas particulares. com isso o ensino público começou a receber mais atenção,por parte da classe média! mas e a questão da saúde!?
tantas questões que necessitam da união e luta de todos!...


nadia stabile - 16/02/08

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

"CAMPUS PARTY"

Yes, nós temos

mais meninas

por Rodrigo Martins
11/02/08 -19:47:43.

Agora há pouco, o pessoal da organização daqui da Campus Party fez uma coletiva de imprensa. Nada de muita novidade: polêmica do Counter Strike, quais as diferenças do evento com o da Espanha, etc. Tudo o que a gente já falou no Link desta segunda ( www.link.estadao.com.br/index.cfm?id_conteudo=13022 )... Mas uma coisa, sim, chamou a atenção: ao contrário da maioria dos eventos de "nerds faixa preta", o acampamento hippie-nerd Campus Party tem mulher, sim. Elas não são a maioria, mas são 22%. Só para comparação, no ano passado, na Espanha, a participação foi de 13%.
No meio de muitas câmeras, microfones e flashs (é sério, é difícil algum evento de tecnologia atrair tanta mídia no Brasil; deve aparecer até no Jornal Nacional), os organizadores mostraram os números da festa. Lá vão:
- 3,3 mil participantes- 1.800 acampados- 60% dos inscritos, ou 2,8 mil pessoas, já chegaram na Bienal.
Quanto às suspeitas com relação à suficiência de espaço para as barracas, como o blog mostrou abaixo, a organização disse, sim, que haverá lugar para todos. "Temos espaço para 900 barracas", disse o diretor de comunicação do evento, Roberto Andrade. "Só que as pessoas terão de dividir as barracas, Em cada uma, deve dormir duas pessoas."
Pois é. Espírito de compartilhamento até na hora de dormir. É ou não é uma barraca 2.0?


http://blog.estadao.com.br/blog/cparty2008/?title=yes_nos_temos_mais_meninas&more=1&c=1&tb=1&pb=1

Historiadores

comparam

Tom Cruise a Hitler

O ator americano Tom Cruise é o "ministro da propaganda" da Igreja da Cientologia, comparável ao alemão Joseph Goebbels, responsável durante o nazismo por agitar as massas e por promover o culto pessoal a Adolf Hitler. A comparação foi feita pelo historiador alemão Guido Knopp, autor de diversas reportagens de TV sobre a época do nazismo na Alemanha, e pelo pastor Thomas Gandow, especialista em Igreja da Cientologia da Igreja Evangélica alemã. Os dois afirmaram ao dominical "Bild am Sonntag" que Tom Cruise inevitavelmente lembra Goebbels em um vídeo interno gravado há quatro anos e mantido até agora em segredo pelos cientológos, e que foi divulgado pelo portal de internet nova-iorquino "Gawker.com". Neste vídeo, Tom Cruise discursa de um púlpito perante a cúpula da Cientologia, após ser condecorado com sua "Ordem da Liberdade". "Esta é a nossa era, uma era da qual todos lembraremos", diz o ator americano, que pergunta aos presentes se a Cientologia deve "limpar o mundo", e que recebe como resposta um clamoroso "sim"."Esta cena lembra automaticamente a qualquer alemão que se interessa por história o terrível discurso de Goebbels no Palácio dos Esportes de Berlim", afirma Guido Knopp. No dia 18 de fevereiro de 1943, o ministro de Agitação e Propaganda do nacional-socialismo perguntou às massas se elas "queriam a guerra total", e recebeu como resposta um "sim" em massa dos presentes. Knopp pergunta ainda se o filme rodado no final do ano passado em Berlim por Cruise sobre o Conde Stauffenberg, o oficial alemão que falhou ao atentar contra Hitler e foi executado imediatamente, tem na realidade fins de propaganda. "Não me estranharia que faça parte da estratégia da Cientologia de ganhar simpatia através da pessoa do protagonista", comenta o professor de história alemão. O pastor evangélico Thomas Gandow considera que o vídeo "é mais uma prova de que Tom Cruise não é apenas um simples membro da seita, mas seu ministro da propaganda". "E mais, Tom Cruise é o Goebbels dos cientológos", afirma. "Seu filme sobre Stauffenberg tem o mesmo fim para os cientológos que os Jogos Olímpicos de 1936 em Berlim para os nazistas. Despertar simpatias para um movimento totalitário", afirma categoricamente o religioso protestante. Na Alemanha, a Igreja da Cientologia conta com cerca de 700 altos membros e de outros seis mil seguidores que contribuem para seu financiamento, e é observada há 10 anos pelos serviços alemães de contra-espionagem, que consideram que defende uma ideologia totalitária e anticonstitucional.

http://judaismomundial.blogspot.com/2008/02/historiadores-comparam-tom-cruise.html

sábado, 9 de fevereiro de 2008

DEUS LHE PAGUE - CHICO BUARQUE - POR ELIS REGINA


ainda refletindo sobre as idéias de Krishnamurti...


senilidade é ficar repetindo coisas automáticamente,sem refletir sobre o que se está fazendo,

diz ele que não só os mais velhos fazem isso.

quase sempre fazemos coisas que dizemos:puxa!!por qual razão fiz isto novamente se sabia estar errado,ou se sabia que de outra forma seria melhor!?
ou,nos sentimos entediados de ficar trancados em casa e não enxergamos que é só abrir a porta e sair!... sair dos hábitos ruins que só nos fazem mau!
resolver encontrar outros caminhos,outras formas de se fazer as mesmas coisas!
se pensarmos nos homens pré históricos...e tentar entender quanta criatividade possuia para inventar instrumentos pra suprir sua sobrevivência! pra facilitar ações extremamente complexas! hoje também temos coisas a criar,a todo instante problemas surgem...
e a maioria das pessoas,por comodismo prefere continuar se sacrificando ao invés de dar "tratos a bola"!... ARREGACEMOS AS MANGAS!!!
coloquemos nossa massa cinzenta pra funcionar! deixemos de agir como senis em plena
mocidade ou maturidade!
nunca é tarde pra mudar! o próprio Krishnamurti viveu 90 anos,com o maior discernimento possível! assim como nosso grande artista arquiteto Oscar Niemeyer!
como dizem,nossa alma nunca envelhece,se não quisermos que ela envelheça!...
nossa educação escolar parece que faz questão de não motivar a reflexão e o verdadeiro pensar!
aí quando chega a hora de encarar o mercado de trabalho e a vida,damos com os "burros n'água",
como dizia minha mãe!
estas expressões entre aspas,serão difíceis de serem compreendidas por pessoas estrangeiras!
mas como a maior parte dos que visitam este blog são brasileiros!... isto é algo que faz com que nos sintamos "povo" brasileiro,nossa língua...nos une! outros povos da língua portuguesa poderão entender! mas nossos problemas sociais,estes só nós podemos entender e tentar resolver!!
está em nossas mãos!

Nadia Stabile - 09/02/08

*Agradeço o amigo Giba que enviou-me esta extraordinária e inestimável palestra de Krishnamurti : http://amigogiba.multiply.com/reviews/item/44
"quando acabamos de ler um livro,ou assistir uma palestra,nos transformamos"
* imagem scaneada,"óleo sobre tela" Caraguatatuba,Nadia Stabile, década de 80.

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