quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
30 DE JANEIRO DE 2008,
60 ANOS QUE GANDHI PARTIU!
Gandhi teve grande influência de Tolstói,o livro“O Reino de Deus está em vós”,foi fundamental para que ele tivesse profunda reflexão sobre a não violência.
A Educação Democrática tem como principal alicerce as idéias de Tolstói.A autonomia moral máxima que Gandhi alcançou,
é um dos maiores objetivos desta educação! lógico que chegar conseguirmos ser como Gandhi,seria pretensioso demais!
Temos muito o que caminharmos até que a humanidade alcance
este patamar moral! entretanto devemos ter em mente que uma longa caminhada sempre começa com um pequeno passo!
Gandhi é um extraordinário exemplo de ser humano! se ele conseguiu ser como foi,é um sinal de que podemos ter certeza da possibilidade de evolução humana em níveis superiores aos
que comumente aceitamos como normais hoje!
Nadia Stabile - 31/01/08
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
CORDEL...CORDEL...
Na música pop, por exemplo, compositores modernos muito admirados fora do Brasil recorreram ao cordel em músicas como “A Chegada De Raul Seixas E Lampião No FMI”, de Tom Zé, e “O Encontro de Isaac Asimov com Santos Dumont no Céu”, de Chico Science”. Na literatura, o romance de Jorge Amado, “Tereza Batista cansada de guerra” e a peça de Ariano Suassuna “História d’O Rei Degolado nas caatingas do sertão” têm uma forte influência do cordel no formato e na forma.
Com títulos como “O Cordel das Doenças Sexualmente Transmissíveis” e “A Reforma Agrária Tem que Ser o Direito de Todo Brasileiro”, o governo federal e o estadual também vêm usando a forma para promover saúde, segurança no trânsito, consciência política, prevenção contra a Aids e outras campanhas oficiais. E políticos e empresários em pequenas cidades do nordeste se voltam para o cordel para promover seus candidatos ou produtos.(...)
GD - O interesse maior é pela literatura brasileira como um todo. A maioria dos pesquisadores que me procurou foi por causa do cordel que pratico. O cordel tem origens milenares, clássicas e tradicionais e é um tipo de poesia que teve grande presença na Europa medieval e influenciou autores renomados como Shakespeare, Dante, Cervantes, Rabelais, Camões, Gil Vicente e os trovadores provençais.O cordel (com outras denominações) foi significativo na França, Itália, Alemanha, Espanha e Portugal. Literatura de Colportage, Pliegos Sueltos, era como se conhecia o cordel na comunidade européia.O cordel está presente na obra de grandes autores como Guimarães Rosa, Orígens Lessa, Jorge Amado, Rachel de Queirós, José Américo de Almeida, Dias Gomes, Cora Coralina, Mário de Andrade, Orlando Tejo, Manuel Bandeira e principalmente Luís da Câmara Cascudo, Ariano Suassuna, João Cabral de Melo Neto e na primeira fase literária de Ferreira Gullar.Sente-se a influência do cordel até nos autores da teledramaturgia e da novelística televisiva e radiofônica. O cordel influenciou a MPB, o baião. o forró, o xaxado, o xote, a embolada, o samba e diversos ritmos populares. Os grandes compositores da MPB são trovadores pós-modernos: Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Zeca Baleiro, Zé Ramalho, Alceu Valença, Belchior, Ednardo, Chico Cézar, Chico Science, Fernando Brant, João Bosco, Ivan Lins, Teixerinha, Nara Leão, João do Vale, Geraldo Vandré e até o roqueiro Raul Seixas... Entre todos sobressaiu o incomensurável Luiz Gonzaga, o rei do baião. Com esse arcabouço ficou fácil para eu chamar a atenção de alguns pesquisadores da literatura e da cultura popular.(...) http://www.gustavodourado.com.br/prefacionet.htm
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
O extraordinário
Cirurgião sul-africano. Nasceu em 26 de junho de 1926 em Ngcingane, em Eastern Cape (Cabo Oriental), numa família negra pobre. Aos 14 anos foi para a Cidade do Cabo onde empregou-se como jardineiro da Universidade da Cidade do Cabo. Robert Goetz o selecionou para trabalhar com os animais do laboratório da faculdade de medicina. Auxiliando as cirurgias em animais, suas habilidades técnicas foram sendo observadas e conseguiu uma permissão especial para permanecer nas pesquisas do laboratório. Fez parte da equipe liderada pelo cirurgião sul-africano Christiaan Barnard que realizou o primeiro transplante de coração do mundo no Groote Schuur Hospital, na África do Sul, em 1967. Devido às leis de apartheid da época, o nome de Hamilton Naki não foi divulgado na mídia. Embora formalmente jardineiro, recebia como auxiliar de laboratório, a maior remuneração que a legislação permitia à universidade lhe pagar. Após sua aposentadoria, foi para um asilo de jardineiros. Recebeu a National Order of Mapungubwe em 2002 e a graduação honorária em Medicina pela Universidade da Cidade do Cabo, em 2003. Faleceu em 29 de maio de 2005.
Centenário de
nascimento de
Simone de Beauvoir
9 de janeiro de 2008!!!
1908 - 1986
filósofa, ensaísta e escritora francesa.
"O único bem coletivo é aquele que assegura o bem individual dos cidadãos."
"Ninguém nasce um gênio, a pessoa se torna um."
"O homem é livre; mas ele encontra a lei na sua própria liberdade."
"Todas as vitórias ocultam uma abdicação."
"Viver é envelhecer."
"O presente não é um passado em potencial, ele é o momento da escolha e da ação."
"O mais escandaloso dos escândalos é que nos habituamos a eles."
"É pelo trabalho que a mulher vem diminuindo a distância que a separava do homem, somente o trabalho poderá lhe garantir uma independência concreta."
ferros de passar
espaciais
se os ferros de passar
fossem naves,
e os homens não fossem homens...
as roupas não seriam o que são,
ou talvez nem existissem!
as tábuas de passar roupas,
seriam pranchas de surf.
as mulheres não teriam tato,
nem olhos...
seriam astronautas...
passariam palavras a limpo...
nadia stabile - 29/01/08
fendas sinápticas
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
COMO NORMA
Celso Lungaretti (*)
16/01/08
Quando eu estava começando a formar minhas convicções, aos 15 anos, assisti a uma peça de teatro amador sobre Galileu Galilei, que trazia, destacada nos cartazes e no programa, uma fala que me marcou para sempre: “Há um mínimo de dignidade que não se pode negociar. Nem mesmo em troca da liberdade. Nem mesmo em troca do sol”.
Referia-se ao recuo tático do grande físico, matemático, astrônomo e filósofo italiano, que renegou sua convicção de que o Sol (e não a Terra) era o centro de nosso Universo, para obter a clemência da Inquisição. Doente e quase cego, o septuagenário Galileu fez esta concessão ao obscurantismo religioso para que sua pena de exílio fosse convertida no que hoje chamamos de prisão domiciliar.
Os homens têm enfrentado, ao longo dos séculos, o dilema moral de escolherem entre o que é certo e o que é conveniente. Às vezes, em situações ainda mais dramáticas, como a que os relatos lendários sobre a Guerra de Tróia atribuem ao rei Agamenon, quando a partida de sua monumental frota estava sendo impedida pela calmaria e um profeta lhe revelou que a deusa Ártemis exigia a vida de sua filha Ifigênia como contrapartida de ventos favoráveis.
Mas, dificilmente as opções negativas são feitas por motivos tão extremos. E, nas situações prosaicas do cotidiano, o ensinamento de Jesus Cristo continua apontando o único caminho verdadeiramente ético: “Que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro se perder a sua alma?” (Mateus, 16:26).
Neste melancólico século 21, pouquíssimos hesitam em trocar a alma por dinheiro, status e poder. O capitalismo, erigindo a competitividade e a ganância em valores supremos da vida social, transforma os homens em fiéis devotos do bezerro de ouro.
A amoralidade virou norma. E existem até os que a justificam com argumentação sofisticada, como os advogados: ao representarem os piores canalhas, eles alegam que assim procedem em nome da democracia, de forma a assegurar o direito a defesa que até os nitidamente culpados têm.
Por coincidência, os piores canalhas tendem a ser os clientes que melhor remuneram os serviços advocatícios. E nunca é lembrado que todo advogado tem o direito de recusar uma causa que repugne à sua consciência, posto que outro advogado a acabará defendendo; em último caso, o juiz designará um defensor de ofício, que atuará por obrigação e não por mercenarismo.
Essas divagações me ocorreram ao ler o patético Manifesto em defesa da liberdade de Religião e do Estado de Direito, no qual o advogado Luiz Flávio Borges D’Urso invoca os mais nobres princípios para tentar colocar a opinião pública contra o Ministério Público de São Paulo, em benefício de Estevam Hernandes Filho e Sonia Haddad Moraes, autoproclamados apóstolo e bispa da Igreja Renascer.
O que se pode dizer de uma religiosa capaz de esconder dinheiro na sua Bíblia para burlar a alfândega? Nada além do que o Cristo já disse: “A minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, a fazeis covil de ladrões” (Mateus, 21:13).
A liberdade de religião não justifica a omissão do Estado diante da prática continuada e comprovada do estelionato, do curandeirismo e da lavagem cerebral, como tem ocorrido até agora. A Igreja Universal do Reino de Deus já foi flagrada cometendo um rosário de crimes, sem receber a punição merecida. Continuou arrancando até o último centavo dos indivíduos sofredores e desesperados que caem em suas garras.
D’Urso esbraveja para tentar fazer com que a Renascer também escape ilesa, reforçando o ceticismo da população quanto à possibilidade de se colocar na prisão os criminosos de colarinho branco: aqueles que são ricos, detentores de bancadas legislativas e donos de emissoras de TV.
Presidente da seccional paulista da OAB, D’Urso foi o principal articulador do suspeito e fracassado movimento Cansei. Mas, parece não compartilhar do nosso cansaço com a impunidade dos exploradores da fé popular e dos poderosos em geral – que, esta sim, é uma gravíssima ameaça ao Estado de Direito, pois faz a população descrer das soluções civilizadas e ansiar pelas tropas de elite do autoritarismo.
* Celso Lungaretti é jornalista e escritor.
Mais artigos em: http://celsolungaretti-orebate.blogspot.com/
PARTICIPA DO FÓRUM
SOCIAL MUNDIAL 2008
EM JUIZ DE FORA-MG
Oitava edição do Fórum Social Mundial
Luta por maior politização marca encontro em JF
Táscia Souza Repórter
"Juventude sem rebeldia é servidão precoce.” A frase, do livro “Las fuerzas morales”, de José Ingenieros, bem poderia servir de lema para o encontro do Fórum Social Mundial (FSM), realizado, ontem, em Juiz de Fora. A Câmara Municipal foi o palco onde se reuniram diferentes gerações de jovens, desde os que ainda trazem vivas as marcas deixadas pelos anos de chumbo até os que cresceram junto com o renascimento da democracia no país. Durante todo o dia, cerca de 60 militantes se uniram em torno daquele que é o objetivo de todos os fóruns sociais, desde que a idéia surgiu há sete anos, em Porto Alegre: provar que um outro mundo é realmente possível. O resultado foi exposto numa “Carta de Juiz de Fora”, que será enviada para a organização internacional do FSM e incorporada às deliberações do Dia de Mobilização e Ação Global de todo o planeta. “Essa é uma luta de várias gerações, mas que depende de renovação. E a gente só vai se renovar se o jovem tiver conhecimento de que é preciso se politizar, para que crianças não sejam arrastadas por carros no meio da rua, para que mães não sejam assassinadas, para que filhos não sejam alvos de violência”, defendeu Fernanda Tardin, uma das organizadoras do evento na cidade. “Isso é decorrência da falta de terra, da falta de emprego, da fome, da falta de habitação. Ser revolucionário não é sair por aí pintando o rosto e gritando, mas reivindicando direitos para que um viva bem e todos vivam melhor”.
72 países
(...) “O surgimento de novos governos nos países latino-americanos, mais preocupados com o social, tem gerado uma outra possibilidade de integração”, apontou o professor da UFRJ Eduardo Serra. A união também foi propagada pela militante portenha Adriana Tasca, ex-guerrilheira que veio exilada para o Brasil em 1977, época em que o pai foi assassinado pelos militares durante a ditadura da Argentina. “Em homenagem a ele e a todos os latino-americanos vou lutar para que isso nunca mais se repita”, declarou, emocionada. Para tanto, Adriana defendeu a participação no FSM como forma de conscientização. “O que falta é consciência e atuação política. Enquanto houver fórum, não importa que seja aqui, numa aldeia, na esquina, temos que participar. Isso é mais importante que vacina contra a febre amarela”, brincou. “Tem que haver vacina de idéias políticas, vacina de conscientização.(...)
LEIA MAIS EM: http://www.tribunademinas.com.br/politica/politica10.php
domingo, 27 de janeiro de 2008
peça de "Gianfrancesco
Guarnieri",que virou filme!
Homenagem a Leon Hirszman e Gianfrancesco Guarnieri. Diretor e ator do grande filme Eles não usam Black-tie.Premiado com o Leão de Ouro no Festival de Veneza de 1981.Neste clip as cenas finais deste grande filme brasileiro que foi merecedor deste grande prêmio dado no Festival de Veneza de 1981.Eles não usam black-tie é uma peça de cunho social-política escrita e dirigida por Gianfrancesco Guarnieri para o Teatro de Arena em seus primeiros anos. A peça alia temas como greve e vida operária com preocupações e reflexões universais do ser humano. Mais tarde foi feita uma versão homônima da peça para o cinema, dirigida por Leon Hírzman e protagonizada pelo mesmo Guarnieri.A estréia da peça foi a 22 de Fevereiro de 1958. Foi a escolhida no Seminário de Dramaturgia do Teatro de Arena, e tirou-o da falência iminente, dado o sucesso de bilheteria que foi. Ficou mais de um ano em cartaz em São Paulo, o que era inédito no teatro brasileiro.Os atores da montagem inicial foram Milton Gonçalves, Flávio Migliaccio, Lélia Abramo, Eugênio Kusnet, Celeste Lima, Riva Nimitz, Francisco de Assis, Henrique César, Miriam Mehler e o próprio Guarnieri."Black Tie" foi uma das primeiras peças brasileiras que trouxeram para os palcos personagens pertencentes ao operariado. Com exceção de "Deus lhe pague" de Joracy Carmargo, os demais textos tratavam da burguesia em peças curiosas e cômicas, muito distantes da realidade brasileira. Em "Black Tie" os protagonistas eram operários sindicalizados envolvidos em movimentos sociais.
http://es.youtube.com/watch?v=jZjcX851deQ
"Arena conta Zumbi"
é um musical escrito por Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal em 1965, com música de Edu Lobo, direção de Augusto Boal e direção musical de Carlos Castilho.
A cenografia e a montagem cenográfica estiveram a cargo de Cecília Thompson, Flávio Império, Luiz Kupfer, Maurice Capovilla, Rodrigo Brotero e Thomaz Farkas; a iluminação foi de Orion de Carvalho; a montagem, de Antonio Ronco; a produção, de Myriam Muniz, e contou com Carlos Castilho, Anunciação e Nenê como os músicos.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arena_conta_Zumbi
Marília Medalha -
*imagem,foto de Gianfrancesco Guarnieri
falando em bicicletas...
Dois de cada dez habitantes de Bonn utilizam a bicicleta como principal meio de transporte. Essa realidade não é exclusiva da cidade, a bicicleta é a principal forma de locomoção de 9% dos alemães.
No país do Porsche, BMW e Mercedes, um outro meio de transporte divide espaço com os carros nas ruas alemãs: a bicicleta, ecológica e econômica. Em Bonn, o representante da associação de ciclistas (ADFC), Johannes Frech, estima que 20% dos habitantes da cidade utilizem a bicicleta como principal meio de transporte. Ou seja, dois de cada dez moradores da antiga capital alemã pedalam até o trabalho, vão à escola de bicicleta e se locomovem sobre duas rodas para fazer pequenas compras no supermercado.(...)
(...)Mas a bicicleta não é usada apenas dentro das cidades. O Escritório de Turismo de Bonn oferece mapas para turistas que optarem por conhecer a região pedalando. Numa das livrarias da cidade, pode-se encontrar cerca de 70 guias diferentes para viajar pelos quatro cantos do mundo sobre duas rodas. A bicicleta está inserida na realidade alemã como meio de transporte cotidiano e jeito alternativo de fazer turismo.
http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,2542377,00.html
sábado, 26 de janeiro de 2008
e "do mundo nada se leva"!
a mitologia hindu tem como cerne a cultura do desapego e do auto-conhecimento!
a frase do título:"conhece-te a ti mesmo", cunhada antes de Cristo,por Sócrates,
e a outra que conheci através de meus pais, "do mundo nada se leva", unem-se às idéias dos hindus! estas idéias sempre estiveram em minha alma! e hoje queria relacioná-las com a idéia de liberdade! tornamo-nos mais livres quando passamos a conhecer nossas limitações ,capacidades,dons,necessidades,nossos defeitos e virtudes!
e seria absurdo tentar pretender cooperar com a liberdade de outros, sem antes nos conhecermos,e nós próprios nos libertarmos! com meu pai aprendi a generosidade,o compartilhar,com minha mãe aprendi sublimar,resignar-me às minhas limitações pessoais! mas uma das coisas que julguei excepcional ter aprendido com meu pai foi o sentido de liberdade! pelo menos a interna! aquela que não consegue nos bloquear de tal maneira que nos faz sentirmo-nos estéreis,pequenos,mesquinhos! e aí isto junto a capacidade de tentar se desapegar de tudo e de todos! mas reconhecendo que o momento presente deve ser vivido intensamente e com total dedicação,isto é, doando-se, entrando em comunhão com nossos interlocutores! e é isso que faz com que identifique-me com Paulo Freire,e com Ivan Illich! que julgava que os dons das pessoas são livres de escolaridades! de títulos,diplomas!
a liberdade é um tema hiper complexo! ...liberdade de expressão...liberdade de ir e vir...
liberdade de viver em paz,e pra isso precisamos nos conhecer!...precisamos nos desapegar
de idéias fixas,de coisas materiais,de pessoas...enfim,não é nada fácil! mas é talvez um dos caminhos mais interessantes para serem trilhados nesta vida!
a liberdade de ir e vir ,é algo que rapidamente nos faz pensar em condições financeiras,
coisa que poucos possuem nos dias de hoje! mas sempre há os mais livres que resolvem viajar de bicicleta,ou de carona! percebemos então que a liberdade possui inúmeros níveis!
a classe média tem como padrão ,que para se fazer turismo é preciso se gastar ...!
e se assim não ocorre,passam a considerar impossível a viagem,ou catastrófica!
nossos padrões de vida tornaram-se tão artificiais que até andar descalço sentindo nosso planeta com a sola dos pés,passou a ser algo quase totalmente impraticável para moradores
de grandes centros! imaginem ! se não nos desapegamos nem de nossos calçados!...
como poderemos nos desapegar de coisas mais profundas!? como passar a não guardar nossas histórias só para nós!? comecemos a nos libertar nos desapegando de coisas que podem ser muito importantes para todos!! por que não? somos livres para escolhermos...e nem isso geralmente fazemos,ficamos reclamando de tudo! ficamos recriminando quem age de forma errada! e se assim continuarmos,a coisa poderá complicar!
precisamos nos dar o direito de errar! o direito de tentar voar muito alto! quem já leu o livro "Fernão Capelo Gaivota" quando jovem ,deve lembrar-se da liberdade e o direito que o protagonista da história deu-se! fazendo isso iniciaremos a compor nosso espaço,nosso espaço
de cidadãos que entendem o sentido da expressão responsabilidade social e não só a palavra chata "deveres"...(os tais direitos e deveres do cidadão!) começaremos a entender que somos todos responsáveis pela sociedade que habitamos (e não só os empresários !)
desta maneira abriremos espaço para as gerações futuras,conseguiremos lutar com mais facilidade por nossos direitos! e assim nossos descendentes serão mais livres,mais desapegados a coisas sem importância! não inverterão valores como fazemos hoje!
nadia stabile - 26/01/08
bonde existia até eu fazer uns 5 anos,aqui na minha cidade,São Paulo!meus pais se conheceram dentro de um bonde camarão! era uma espécie de bonde aberto,pintado de vermelho,por isso o nome camarão! foi paixão à primeira vista! eram os anos 40!
"pegar o bonde andando" é o que todos nós fazemos! ao nascer tudo já estava andando fazia tempo! e nós quando jovens costumamos julgar que tudo foi inventado no dia em que descobrimos as coisas! pura ingenuidade! e tem gente que continua assim até ficar velho!
mas estou citando esta frase popular por causa do "1º Festival Permanente web-real",que poderá ter outro nome quando todos os primeiros participantes resolverem encarar o ritmo dos bondes e dos trens...e resolverem pensar juntos para encontrar um nome melhor!
entrar no ritmo dos bondes e trens que se originam de décadas passadas,ou de outras culturas diferentes das nossas,é algo que as escolas infelizmente,em sua maioria não fazem aqui em nosso país! lendo sobre "Yaacov Hecht",o educador e fundador do "Institute for Democratic Education", vi que já há em Israel 25 escolas democráticas, que adotam o processo de conhecer a família e a comunidade dos alunos a fundo! as escolas não podem continuar a serem algo isolado e estranho às pessoas da comunidade! o autoritarismo que leva a esse divórcio cultural entre as escolas e a comunidade deve deixar de existir! e este festival tem como proposta que todos se integrem,velhos,crianças,jovens e adultos! a interação é algo indispensável para que entremos no ritmo da história,da cidadania,sentindo-nos parceiros da escola,dos professores,dos estudantes,é algo que poderia contribuir muito para pegarmos os bondes e os trens andando,com um ritmo muito mais rico! os jovens passariam a entender muito melhor sua história,suas origens culturais! sentiriam-se incluídos num contexto não só atual mas histórico!
e os mais velhos também teriam muitos ritmos a aprender com os mais jovens!os professores deixariam de ser encarados como extra-terrestres,porque também contariam suas histórias para todos! este projeto do festival tem tudo a ver com educação democrática!onde autoritarismo não tem vez! nesse festival todos terão tempos e espaços iguais para demonstrarem seus ritmos! e atrás do trio elétrico,só não vai quem já morreu!
num país como o nosso,onde somos donos de ritmos riquíssimos! nada mais justo que compartilhar tudo o que pudermos!
(linkar as histórias,as culturas,as épocas do avô com a dos netos! linkar,linkar,interligar,hiperligar,unir,juntar,tecer teias,tecer linhas de trens,de bondes!...)
nadia stabile - 26/01/08
http://ritmar.blogspot.com/
O FÓRUM SOCIAL
MUNDIAL 2008 !
"um outro mundo é possível "
Edição do Fórum Social Mundial
deste ano contará
com atividades em 72 países
Aline Beckstein
Repórter da Agência Brasil
22 de Janeiro de 2008
Rio de Janeiro - Cerca de 800 eventos devem fazer parte da programação deste ano do Fórum Social Mundial (FSM). As ações serão descentralizadas e devem acontecer em 72 países no próximo sábado (26). No Brasil, 60 atividades estarão concentradas em pelo menos 19 cidades. As atividades farão parte do Dia de Mobilização e Ação Global. As informações foram divulgadas hoje (22) pelo representante do conselho internacional do FSM Cândido Grzybowiski. Segundo ele, a descentralização do evento tem o objetivo de permitir com que mais pessoas possam participar dos debates, que giram em torno do slogan Um Outro Mundo é Possível. O fórum começou a ser realizado anualmente, em 2001, e é um contraponto ao Fórum Econômico de Davos, na Suíça, que começa amanhã (23) e vai até o domingo.
Cândido Grzybowiski disse que a edição deste ano do fórum irá aprofundar a proposta de debater problemas globais de forma mais "concreta". Segundo ele, quando o fórum começou os debates envolviam questões importantes, mas de uma forma um pouco "genérica". Nos últimos anos, contudo, os debates incluem as implicações práticas desses problemas, "fazendo com que as pessoas se envolvam mais nas discussões". "A Organização Mundial de Comércio, por exemplo, prega a total privatização de tudo. O que pegou foi a privatização da água, da educação. O que vem da cidadania é muito mais concreto do que o tema geral. Aí vem a luta de Cochabamba [Bolívia] contra a privatização da água e em outros lugares. A partir daí, as pessoas descobrem que têm muito em comum, que estão lutando por água, que é um direito fundamental."
Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Análises Sócio-Econômicas (Ibase), entre 2001 e 2007, mais de 650 pessoas participaram das sete edições do fórum. A edição que reuniu mais participantes foi a de 2005, em Porto Alegre (RS), com 155 mil pessoas. A última, em Nairóbi, no Quênia, contou com 74 mil participantes. O Ibase ainda aponta que os participantes dos fóruns tem um perfil jovem. Entre 56% (edição de Mali, na Indonésia) e 70% (em Porto Alegre) tinham até 35 anos de idade. No Rio de Janeiro, as atividades irão acontecer das 10h às 17h, no Aterro do Flamengo, na zona sul da cidade. Serão montadas sete tendas e quatro palcos, numa faixa de um quilômetro, entre o Museu da República e o Hotel Glória. Além dos debates sobre questões globais, foram organizadas apresentações culturais, de teatro, música, poesia, vídeos, fotografia, além de uma feira de alimentos e de economia solidária. O show de encerramento será feito pelo cantor Martinho da Vila.
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2008/01/22/materia.2008-01-22.1763730446/view
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
EFEMÉRIDES
Celso Lungaretti
09/01/2008
“O grande cordão
Cantava o refrão que crescia
Da simples canção
Que era de João e Maria
E o povo na rua
Pensou que era sua
De tanto que andava
Atrás de qualquer alegria”
(Vandré/Accioly, “João e Maria”)
De tanto que andam atrás de qualquer utopia, nesta década marcada por terríveis decepções, os brasileiros elegeram prontamente a efeméride a ser destacada em 2008: os 40 anos transcorridos desde que os ventos de mudança varreram o mundo em 1968.
A tônica das grandes reportagens e das matérias-de-capa com que a mídia capitalizará esse sentimento coletivo, obviamente, vai seguir o padrão da produzida pela revista Época, comparando 1968 a um “adolescente em crise existencial” e reduzindo seu impacto à mudança da forma como vemos o mundo.
Outros, como eu, lembrarão que freqüentemente, ao longo da História, ideais revolucionários hibernaram durante algum tempo mas foram retomados por uma geração seguinte, voltando com mais força ainda. Esses analistas, no entanto, não encontrarão espaço na grande imprensa, por mais pertinente que seja sua argumentação.
Ao longo do ano, no território livre da internet, continuarei abordando 1968 do ponto-de-vista de quem quer levar adiante suas propostas e não mercadejá-lo como um exotismo inofensivo.
Hoje, no entanto, quero falar sobre outra efeméride, que corre o risco de ser ofuscada e ficar restrita aos cadernos esportivos: os 50 anos da afirmação do Brasil como país do futebol.
A conquista da Copa do Mundo de 1958 teve um significado maior para os brasileiros: provamos ao mundo e, principalmente, a nós mesmos que poderíamos ser os melhores em alguma coisa.
Até então, víamo-nos como seres inferiores, deitados eternamente em berço esplêndido, sem nunca concretizarmos o nosso potencial. Uma vinheta radiofônica dizia: “Brasil, um país a caminho do seu grande destino”. Que nunca chegava.
Enquanto isso, admirávamos, embasbacados, o progresso dos EUA e as imagens fantasiosas que os norte-americanos projetavam de si próprios via cinema e TV. Isso, claro, só fazia aumentar nossa sensação de inferioridade.
Consolávamo-nos com a ilusão de que seríamos a nação do futuro – uma pífia compensação para o passado inglório e o presente insosso. Era como a promessa católica do paraíso, o sonho que ajudava a suportar uma vida de privações.
O futebol já dera mostras, em 1950, de que poderia se tornar nosso grande motivo de orgulho nacional. No entanto, vacilamos na hora H e a euforia se transformou em frustração.
Meu pai costumava contar que, depois da fatídica derrota contra o Uruguai, a principal rua do nosso bairro ficou quase deserta, como ele nunca a vira num domingo. Rapazes e moças não tiveram ânimo para saírem de casa, na noite habitualmente destinada à paquera.
Em 1954 trombamos com o inesquecível esquadrão da Hungria e fomos merecidamente eliminados por Puskas & cia.
Aí, em 1958, receosos de mais uma frustração, não ousávamos acreditar na Seleção Brasileira. Ainda mais depois da eliminatória tortuosa, quando sofremos o diabo para conquistar a vaga... contra o Peru!
O empate diante da Inglaterra, no segundo jogo das oitavas-de-final, fez aumentar nosso pessimismo. Foram 90 minutos de sofrimento, grudados nos rádios cujo som às vezes fugia, pois as transmissões a longa distância estavam longe de ser perfeitas; quando voltava, era uma agonia até constatarmos que não ocorrera nenhum gol durante o apagão.
Iríamos para o tudo ou nada contra a poderosa URSS, que anunciava ter levantado cientificamente as vulnerabilidades dos futebolistas brasileiros.
Foi quando Vicente Feola se curvou à pressão dos jogadores e escalou o fenômeno Garrincha... que até então ficara no banco porque um laudo psicológico o dava como pouco mais do que um débil mental. Foi preciso chegarmos à beira do abismo para o técnico desconsiderar os preconceitos dos engravatados.
O resultado foi aquilo que passou à história do futebol como um dos inícios de partida mais avassaladores de uma Copa do Mundo. Imprevisível como uma força da natureza, Garrincha pulverizou a ciência soviética, colocando uma bola na trave, servindo Vavá no primeiro gol e criando sucessivas jogadas agudas.
Graças ao idiota Garrincha e ao menino Pelé, o Brasil conseguiu a mais retumbante conquista de um Mundial até hoje, vencendo por goleadas de 5x2 tanto a semifinal (França, outro esquadrão) quanto a final (Suécia, o país mandante).
O nosso povo, que há tanto tempo andava atrás de qualquer alegria, pôde finalmente desabafar: “com o brasileiro, não há quem possa!”, dizia uma marchinha.
Pena que as lições foram logo esquecidas. O embasbacamento face às metrópoles e a submissão aos preconceitos dos engravatados voltaram a prevalecer.
E continuamos reprimindo o Macunaíma que temos dentro de nós – tanto que, ao contrário dos argentinos com seu ídolo Maradona, fomos terrivelmente ingratos com nosso herói de duas Copas, deixando Garrincha agonizar no alcoolismo e abandono.
Celso Lungaretti é jornalista e escritor.
Mais artigos em
http://celsolungaretti-orebate.blogspot.com/
domingo, 20 de janeiro de 2008
Max Gonzaga
Sou classe média
Papagaio de todo telejornal
Eu acredito
Na imparcialidade da revista semanal
Sou classe média
Compro roupa e gasolina no cartão
Odeio “coletivos”
E vou de carro que comprei a prestação
Só pago impostos
Estou sempre no limite do meu cheque especial
Eu viajo pouco, no máximo um pacote cvc tri-anual
Mais eu “to nem ai”
Se o traficante é quem manda na favela
Eu não “to nem aqui”
Se morre gente ou tem enchente em itaquera
Eu quero é que se exploda a periferia toda
Mas fico indignado com estado quando sou incomodado
Pelo pedinte esfomeado que me estende a mão
O pára-brisa ensaboado
É camelo, biju com bala
E as peripécias do artista malabarista do farol
Mas se o assalto é em moema
O assassinato é no “jardins”
A filha do executivo é estuprada até o fim
Ai a mídia manifesta a sua opinião regressa
De implantar pena de morte, ou reduzir a idade penal
E eu que sou bem informado concordo e faço passeata
Enquanto aumenta a audiência e a tiragem do jornal
Porque eu não “to nem ai”
Se o traficante é quem manda na favela
Eu não “to nem aqui”
Se morre gente ou tem enchente em itaquera
Eu quero é que se exploda a periferia toda
Toda tragédia só me importa quando bate em minha porta
Porque é mais fácil condenar quem já cumpre pena de vida
*letra de música concorrente no Festival da Tv Cultura
**(COLABORAÇÃO DA AMIGA ADRIANA)
sábado, 19 de janeiro de 2008
A classe média ferida de morte nos seus interesses é um dado novo da vida social -
O chamado milagre econômico brasileiro foi acompanhado de muitas "explosões", dentre elas um crescimento contínuo das classes médias, primeiro nas grandes cidades e depois nas cidades menores e no campo modernizado. Como essa expansão foi acelerada, é lícito falar em explosão das classes médias, que, neste meio século, acompanha a explosão demográfica, a explosão urbana e a explosão do consumo e do crédito.
Esse conjunto de fenômenos tem relação com o aumento da produção industrial e agrícola, como também do comércio, dos transportes, das trocas de todos os tipos, das obras públicas, da administração e da necessidade de informação. Há, paralelamente, uma expansão e diversificação do emprego, ainda que uma parcela importante dos que se dirigiram às cidades não pudesse ser assalariado formal, só encontrando trabalho no circuito inferior da economia.
Um sentimento de segurança é infundido na classe média pelos programas governamentais que lhe facilitam a aquisição da casa própria, programas de que foram os beneficiários privilegiados, enquanto os brasileiros mais pobres apenas foram incompletamente atendidos nos últimos anos do regime autoritário.
Vale realçar que no Brasil do milagre, e durante boa parte dos anos 80, a classe média se expandiu e se desenvolveu sem que houvesse verdadeira competição dentro dela quanto ao uso dos recursos que o mercado ou o Estado lhe ofereciam para a melhoria do seu poder aquisitivo e do seu bem-estar material. Daí a sua relativa coesão e a consciência de haver tornado um poderoso estamento. A competição é, na realidade, com os pobres, cujo acesso aos bens e serviços torna-se cada vez mais difícil, na medida em que estes se multiplicam e diversificam. A classe média é a grande beneficiária do crescimento econômico, do modelo político e dos projetos urbanísticos adotados.
Tudo o que alimenta a classe média dá-lhe, também, um sentimento de inclusão no sistema político e econômico e um sentimento de segurança, estimulado pelas constantes medidas do poder público em seu favor. Tratava-se, na realidade, de uma moeda de troca, já que a classe média constituía uma base de apoio às ações do governo. Tal classe média, ao mesmo tempo em que se diversifica profissionalmente, aumenta o seu poder aquisitivo e melhora qualitativamente, por meio das oportunidades de educação que lhe são abertas, tudo isso levando à ampliação do seu bem-estar (o que hoje se chama de qualidade de vida), conduzindo-a a acreditar na garantia de preservação das suas vantagens e perspectivas.
Forma-se, dessa maneira, uma classe média mais apegada ao consumo que à cidadania, sócia despreocupada do crescimento e do poder, com os quais se confundia. Eram essas, aliás, condições necessárias a um crescimento econômico sem democracia. Quando esta se instala incompletamente nos anos 80, guarda esses vícios de origem, sustentando um regime representativo falsificado pela ausência de partidos políticos consequentes. Seguindo essa lógica, as próprias esquerdas são levadas a dar mais espaço às preocupações eleitorais e menos à pedagogia propriamente política.
Tal situação tende agora a mudar, quando a classe média começa a conhecer a experiência da escassez, o que poderá levá-la a uma reinterpretação de sua situação. Nos anos recentes, primeiro de forma lenta ou esporádica e já agora de modo mais sistemático e continuado, a classe média conhece dificuldades que lhe apontam uma situação existencial bem diferente daquela que conhecera há poucos anos. (...) leia mais em:
MILTON SANTOS
"Cláudio Cordovil" pergunta para "Prof.Milton Santos":
- O senhor fala da sabedoria da escassez...
"Prof.Milton Santos" responde:
Exatamente. Fui buscar esse conceito em Sartre, quando ele fala da escassez que joga uma pessoa contra a outra na disputa pelo que é limitado. Essa experiência da escassez é que faz a ponte entre a necessidade e o entendimento. Como a escassez sempre vai mudando, devido a aceleração contemporânea, o pobre acaba descobrindo que não vai nunca morar na Ipanema da novela, que jamais vai alcançar aquelas coisas bonitas que vê. Ele continua vendo, mas está seguro hoje de que não as alcançará. Gostaria de dizer que a classe média já começa a conhecer a experiência da escassez. E isso pode ser bom. Como a classe média, na sua formação, tem uma capacidade de codificação maior, isso vai nos levar a uma precipitação do movimento social, da produção da consciência, ainda que seja de uma maneira incompleta.(...)
http://ritmar.blogspot.com/
linkando contextos através de projetos culturais,