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Orgasmo feminino: mais que prazer, quebra de velhos tabus
Apesar de as mulheres não precisarem mais encarar o sexo como um simples ato de reprodução e de quererem sentir prazer em uma relação sexual, elas têm dificuldades de chegar ao orgasmo, o mais alto grau de excitação de um ato sexual. Cerca de 30% das mulheres brasileiras não conseguem atingí-lo, segundo pesquisa feita em 2003 pelo Prosex (Projeto de Sexualidade do Hospital das Clínicas de São Paulo).
Para Carmita Adbo, psiquiatra e coordenadora do Prosex, os problemas da vida moderna - depressão, ansiedade e estresse - são inimigos da mulher na busca pelo prazer: "Pode acontecer de, mesmo em condições ideais, a mulher ficar distante. Se ela refletir, em outros aspectos da vida, (trabalho e alimentação, por exemplo), ela também está desmotivada."
Além desses fatores, outros, como inabilidade, inexperiência, desinteresse, falta de tempo ou de local adequado e desconhecimento do próprio corpo, também são responsáveis pela chamada anorgasmia, incapacidade de chegar ao orgasmo. "A mulher precisa pensar e dar importância à sua sexualidade, tocar o próprio corpo, se descobrir sexualmente e saber o que lhe dá prazer. O orgasmo não chega do nada, é preciso aprender a conquistá-lo", alerta Rosana Simões, ginecologista, professora doutora e coordenadora do setor de sexualidade feminina da Unifesp.
Disfunções hormonais, alcoolismo, tabagismo ou outros problemas orgânicos, além do uso de medicamentos que diminuem a libido (caso dos remédios para depressão e diabetes) influenciam na ausência de desejo.
De acordo com os conceitos de Hellen Kaplan, terapeuta sexual norte-americana, a relação sexual é dividida em três fases: desejo, excitação e orgasmo. No entanto, diferentemente do homem, a mulher não tem um ciclo sexual seqüencial. "O ciclo do homem é formado por excitação, ereção, ejaculação e orgasmo. A mulher não tem esse ciclo tão bem definido. Ela pode ter o desejo, mas perdê-lo no meio do caminho e não chegar ao orgasmo", explica Carmita.
A falta desejo pode decorrer da rotina e do desgaste emocional do casal. Mesmo amando seu parceiro, a mulher não sente vontade de ter uma relação sexual com ele. Neste caso, ela precisa dizer a ele o que precisa, o que está faltando, perguntar do que ele gosta. "Sexo é comunicação, é compartilhamento, é entrega. A partir daí, eles pensam juntos em inovações, em realizar fantasias", aconselha a ginecologista Rosana.
Por outro lado, é preciso destacar: "A mulher quer ser acolhida, protegida. O sexo pode satisfazê-la mesmo que ela não tenha chegado ao orgasmo", defende Carmita. A tensão pelo orgasmo pode, inclusive, atrapalhar a mulher, como diz Rosana: "Se ela ficar pensando só nisso, vai ficar nervosa e não realizar seu desejo".
Orgasmo clitoriano é mais comum
Os dois principais tipos de orgasmos são o clitoriano e o vaginal. "No entanto, 70% das mulheres só tem orgasmos clitorianos, segundo estatísticas americanas. E isso é normal porque o primeiro contato da mulher com seu órgão genital ocorre quando ela se masturba", informa o psiquiatra e sexólogo Ronaldo Pamplona da Costa, membro da Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana.
FONTE: http://www.aprovincia.com/padrao.aspx?texto.aspx?idContent=4590&idContentSection=737
23/01/2007 10:35
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