segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Economia solidária não é só para pobres, afirma secretário (clique aqui)

Agência Brasil


BRASÍLIA - A economia solidária não é exclusivamente destinada aos pobres. A afirmação foi feita hoje pelo secretário nacional de Economia Solidária, Paul Singer, durante seminário sobre avanços, desafios e perspectivas dessa área.

- Os mais pobres, que têm menos oportunidades, se aproveitam mais da economia solidária, porque, se não aproveitarem, não conseguem viver. Mas a economia solidária é para todas as classes - resumiu.

Segundo Singer, a economia solidária é uma prática econômica associativa, que busca democratizar o lucro. Todos os sócios trabalham e são donos do empreendimento. De acordo com ele, 44% dessas associações estão no campo, a maioria na Região Nordeste. Existem mais de 20 mil empresas solidárias em todo o país, com cerca de 1,7 milhão de sócios.

Para o secretário, a moeda social é um dos avanços da economia solidária, servindo como dinheiro para determinados grupos, pois as economias mais carentes sofrem com escassez de dinheiro. Singer citou o Banco Palmas, em Fortaleza, que atende a 30 mil famílias, como um exemplo de banco comunitário que usa a moeda social.

Na opinião de Paul Singer, o seminário de hoje serviu para tratar da relação entre o governo brasileiro e os movimentos sociais que adotam essa prática econômica.

- Os governos têm um relação antagônica com a economia solidária, porque querem apoiar a economia solidária, mas também apóiam a economia capitalista - afirmou.


23/07/2008

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